Na grande parte da sociedade, a riqueza e a pobreza são igualmente adoecidas. Essa patologia se caracteriza por apresentar a miséria ...

Desordens da riqueza e da pobreza

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Na grande parte da sociedade, a riqueza e a pobreza são igualmente adoecidas. Essa patologia se caracteriza por apresentar a miséria humana. A pobreza porque é economicamente prejudicial para toda a sociedade. E a riqueza porque os muito ricos transformam o poder econômico em poder político; e, de forma perversa, destroem a democracia, a fim de adquirirem o aumento dos seus privilégios egoístas. Isso se agrava com o uso da violência.

Diante dessa situação, o desafio de eliminar a brutal desigualdade financeira entre os cidadãos é uma necessidade ética que deve ser assumida por todos. Nesse processo, para eliminar a desarmonia social, é prudente considerar que os pobres não são responsáveis pelo seu sofrimento, porque é a maldade de alguns ricos — que vivem da corrupção política —
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Los Angeles, Estados Unidos: mansão projetada para uma família, em contraste com tendas que abrigam pessoas em situação de rua, na mesma cidade.
que gera o desequilíbrio da distribuição de renda. Por causa disso, as violentas tensões sociaIs causam a ameaça de todos contra todos, e impõem as mais terríveis destruições de ordem econômica e social.

Nos países menos desiguais existe a paz entre todos, porque eliminaram a miséria e a pobreza. Isso gerou na população mais saúde, melhor segurança e a criatividade tecnológica, de forma a priorizar o bem-estar social.

Observa-se, também, a excelente qualidade de vida através do aumento de renda nas famílias pobres. Por isso, é prioridade distribuir a riqueza para a base da sociedade. Isso estimulam os investimentos e os empregos. Outra estratégia para eliminar à desigualdade social é dinamizar a economia por intervenção das políticas públicas, que amplia a inclusão produtiva dos cidadãos. E deve organizar todo sistema econômico em função do bem comum das famílias. Esses avanços amplia o consumo que dinamiza mais receitas por meio dos impostos justos, de forma a beneficiar o orçamento a ser aplicado ao benefício da dignidade humana e ao desenvolvimento do Estado. Rifkin: otimismo num futuro econômico.

Os recursos financeiros aplicados na base da população dinamizam a economia, e instala a harmonia social. Para isso, faz-se necessário unir o Estado, as empresas e a sociedade civil organizada. Outra contribuição se dá com os avanços das novas tecnologias humanistas, que constroem um novo pacto social contra à pobreza, porque o conhecimento científico permite soluções de inovações contra a desigualdade social.
Paris, França: a desigualdade entre os abrigos precários do povo rume e os edifícios suntuosos da movimentada cidade europeia.
Diante disso, a “sociedade do conhecimento” e a “era do acesso” abrem oportunidades para uma economia colaborativa descentralizada, e mais cidadãos multiplicam suas oportunidades. Um dos teóricos desses estudos é o escritor estadunidense Jeremy Rifkin (1945). Uma de suas teses apresenta o otimismo num futuro econômico para as próximas gerações, está fundamentada no seu livro A sociedade de custo marginal zero (2015).

As tensões das crises sociais, econômicas e ambientais geram a necessidade de criar os novos conhecimentos desenvolvidos nas universidades e instituições de pesquisa, também nos centros de desenvolvimento de tecnologias aplicadas na indústria, na saúde, na educação e noutras áreas que prioriza a felicidade dos cidadãos, bem como a harmonia social – tudo isso depende de um processo de redes de compartilhamento flexível, colaborativo, ágil, aberto e sem burocracias.

Para reconstruir a paz social faz-se necessário priorizar a eliminação das desigualdades entre os cidadãos, e distribuir — dignamente — os benefícios das políticas públicas de Estado, que preservam a boa saúde financeira das famílias. Deve-se considerar que os recursos tecnológicos precisam ser reorientados para assegurar a sustentabilidade, acabar com a pobreza, assegurar o crescimento, gerar empregos e promover a industrialização ao processo democrático, que permite o acesso a todos os seus recursos, a fim de fortalecer a boa saúde financeira e a felicidade de todos.

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Berlim, Alemanha
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Caracas, Venezuela

Malmö, Suécia: cenário de desigualdade sócio-ambiental no país escandinavo.
Finalizo com o poema RENATA, do paraibano Jansen Filho (1925–1994), e ofereço ao meu tio Arthúnio da Silva Maux (1940), porque, desde meus 10 anos de idade, sempre o escuto recitá-lo nos encontros da nossa família.

Quando foi rica e feliz, Renata teve o que quis: Beijo, carinho, esplendor! Hoje arrasada e perdida, Pelos banquetes da vida Busca migalhas de amor! Não dorme mais e nem come, O mundo esqueceu seu nome! É pobre! Não tem valor!... A sua casa – o relento! O seu leito – o calçamento! E a lua – o seu cobertor! Rolando pelas calçadas Lateja, nas madrugadas, Seu coração sofredor! Ninguém mais lembra Renata, Motivo de serenata Daquelas festas do amor! Mas longe da gente nobre, Renata humilhada e pobre, Tem hoje o tesouro seu: — O espaço triste da rua, A claridade da lua E a sina que Deus lhe deu! Jovens de agora, cuidado! Este mundo é um poema errado Que o destino compôs! Nesta vida que caustica, Há muita Renata rica Que fica pobre depois

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