BOM DIA Poema miscigenado filho da antropofagia temperado no cordel lapidado em fantasia. Que nasce logo bem cedo, pe...

Bote fé, vai florescer

poesia paraibana geraldo bernardo abrantes

BOM DIA
Poema miscigenado filho da antropofagia temperado no cordel lapidado em fantasia. Que nasce logo bem cedo, pelas mídias vá sem medo diga ao mundo: bom dia.

Distante, dentro da gente, é onde se refugia a culpa e seus semelhantes vivendo a noite sombria da vida dos degredados, acolhendo desregrados que emigraram do bom dia.

Pensava pelo jardim e a rosa, uma flor paria, a inspiração modorrenta do meu pensar se escondia, e, o universo em esplendor brotava naquela flor, um presente de bom dia.
Quem aposta no futuro pensando ser loteria quando não é contemplado tomba na melancolia. Plantar a boa semente quando é tempo presente é apostar em bom dia.

Acorda e vamos em frente que o trabalho não se adia. Há imposições no mundo que tua alma não queria. Se fugires do real serás mais um marginal excluído de bom dia.

Bote fé. Vai florescer em breve novo plantio depois do tempo de estio. Contudo para nascer é preciso revolver esta terra esturricada, só depois de bem arada deite em seu leito sementes, faça prece, trinque os dentes, até vê-la germinada. Há de vir boa invernada para ter boa colheita, porém, para ser perfeita há de ser bem cuidada, bem protegida e adubada com esmero e maestria. Então virá alegria na cor de verde-esperança, num terreiro de bonança, em fartura do bom dia.

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