BOM DIA
Poema miscigenado filho da antropofagia temperado no cordel lapidado em fantasia. Que nasce logo bem cedo, pelas mídias vá sem medo diga ao mundo: bom dia.
Poema miscigenado filho da antropofagia temperado no cordel lapidado em fantasia. Que nasce logo bem cedo, pelas mídias vá sem medo diga ao mundo: bom dia.
Distante, dentro da gente,
é onde se refugia
a culpa e seus semelhantes
vivendo a noite sombria
da vida dos degredados,
acolhendo desregrados
que emigraram do bom dia.
Pensava pelo jardim
e a rosa, uma flor paria,
a inspiração modorrenta
do meu pensar se escondia,
e, o universo em esplendor
brotava naquela flor,
um presente de bom dia.
Quem aposta no futuro
pensando ser loteria
quando não é contemplado
tomba na melancolia.
Plantar a boa semente
quando é tempo presente
é apostar em bom dia.
Acorda e vamos em frente
que o trabalho não se adia.
Há imposições no mundo
que tua alma não queria.
Se fugires do real
serás mais um marginal
excluído de bom dia.
Bote fé. Vai florescer
em breve novo plantio
depois do tempo de estio.
Contudo para nascer
é preciso revolver
esta terra esturricada,
só depois de bem arada
deite em seu leito sementes,
faça prece, trinque os dentes,
até vê-la germinada.
Há de vir boa invernada
para ter boa colheita,
porém, para ser perfeita
há de ser bem cuidada,
bem protegida e adubada
com esmero e maestria.
Então virá alegria
na cor de verde-esperança,
num terreiro de bonança,
em fartura do bom dia.