O mês de dezembro evoca-nos lembranças agradáveis. O ambiente parece renovado, leve e propício à paz.
Não obstante os conflitos externos e o caos que teimam em imperar nas relações humanas, intimamente nos sentimos envolvidos por proteção espiritual elevada, que nos faz nutrir sentimentos, pensamentos e vibrações de solidariedade e bem-estar.
Nesse período, ficamos dispostos a olhar para o semelhante como irmão, merecedor de atenção e acolhimento. Recordamo-nos dos ensinos do Evangelho e lembramo-nos de passagens que sugerem a prática do bem e o entendimento na relação com o próximo.
Não obstante os conflitos externos e o caos que teimam em imperar nas relações humanas, intimamente nos sentimos envolvidos por proteção espiritual elevada, que nos faz nutrir sentimentos, pensamentos e vibrações de solidariedade e bem-estar.
Nesse período, ficamos dispostos a olhar para o semelhante como irmão, merecedor de atenção e acolhimento. Recordamo-nos dos ensinos do Evangelho e lembramo-nos de passagens que sugerem a prática do bem e o entendimento na relação com o próximo.
Manuel Quintão [1] afirma que o “Consolador é a onipresença de Jesus na Terra.” O contributo do Espiritismo está em divulgar a mensagem evangélica na sua essência e destacar a imperiosa necessidade de se vivenciar as lições do Cristo no cotidiano de nossas existências. Cada um fazendo o que for possível, o que estiver ao seu alcance, sem exigir nada além do que pode doar de si mesmo. O Divino Amigo espera que cada um faça a sua parte. Basta pouco para fazermos a diferença em benefício do próximo, seja amigo ou familiar, conhecido ou desconhecido.
O Natal tem valioso significado para nós, aprendizes do Evangelho de Jesus à luz da Doutrina Espírita. Um novo olhar, para além do material e comercial, do Papai Noel e do utilitarismo, precisamos vislumbrar.
Ao refletir sobre o significado do Natal, pensei no exercício que os poetas fazem para expressarem suas ideias por meio do acróstico.
Nascimento do Cristo no coração de cada um. Renascimento em cada novo dia de existência aqui na Terra e dos que habitam outras paragens. Disposição para recomeçar quantas vezes forem necessárias e cada vez mais assertivamente para que a experiência tenha valido a pena. Sentir a presença do Cristo na intimidade, reconhecendo que somos deuses e podemos muito, se nos alinharmos com os propósitos superiores das Leis Divinas, por meio de atitudes e comportamentos que se coadunem com a ética e a moral, a conferir dignidade humana a todos os seres de boa vontade.
Amor, a traduzir-se no olhar de Deus sobre nossas vidas, como nos ensina o filósofo espírita Léon Denis [2], desejando registrar que nunca estamos sozinhos na caminhada evolutiva. A Paternidade Divina vela por todos os seus filhos, sempre lhes ofertando o melhor, em consonância com o merecimento e a necessidade de cada um. O amor é a palavra de ordem e de sensibilidade no automatismo do cumprimento da Lei Maior que rege as relações harmoniosas entre todos e tudo na Natureza. Por isso, o mandamento maior expressa-se no verbo amar e no substantivo amor: amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a nós mesmos. Se houver dúvida, Jesus esclarece: “um novo mandamento vos dou, o de que ameis uns aos outros como eu vos amei.” Jesus é nosso guia e modelo, Mestre e Senhor, e seu Evangelho, o nosso GPS…
Tolerância é o convite ao entendimento universal, à compreensão do comportamento alheio, sem preconceitos nem julgamentos. É o requisito da paz e da fraternidade, culminando na tríade que fundamentou a missão de Allan Kardec: Trabalho, solidariedade e tolerância. Integra o conceito de caridade, conforme a entendia Jesus, por meio do vocábulo indulgência. [3]
Alteridade consiste na consideração pelo próximo, por seus interesses e vontade, respeitando suas ideias e liberdade de ação e de pensamento, sem coerção de qualquer natureza. Trata-se do respeito ao direito do outro, independentemente de partido, religião, filosofia, gênero e classe social.
Libertação das amarras do passado infeliz, de erros pretéritos e de preconceitos característicos do homem velho que demanda renovação. Descobrimento da verdade imortal e absoluta que sacia a sede espiritual da criatura para todo o sempre. Concessão ao Espírito em estado de plenitude, no usufruto de suas conquistas individuais pelo esforço e aplicação, abnegação (renúncia a si mesmo) e devotamento (doação ao próximo).
É por isso que o Natal não é apenas a promessa da fraternidade e da paz que se renova alegremente, entre os homens, mas, acima de tudo, é a reiterada mensagem do Cristo que nos induz a servir sempre, compreendendo que o mundo pode mostrar deficiências e imperfeições, trevas e chagas, mas que é nosso dever amá-lo e ajudá-lo mesmo assim. [4]
Eis o significado do Natal: a presença de Jesus em nossas vidas, materializada em gestos simples de caridade, ofertados aos irmãos de caminhada evolutiva em todos os dias de existência no abençoado planeta que nos serve de morada, escola, hospital e oficina de trabalho.
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