CHEGANDO AO CORAÇÃO DE ALGUÉM
Não tente entrar sem convite, Para adentrar é preciso senha, Não venha cheio de exigências, Caminhe com cuidado, Apenas, venha... Não queira ser o dono do lugar, Não queira mudar o que lá está. Sutilmente acomode-se onde Onde o dono lhe colocar. Não traga bagagens pesadas, Difíceis de organizar. Traga leveza, carinho, Que combinam com qualquer lugar. Não chegue se sentindo em casa, Não se espalhe em demasia, Chegue com delicadeza, Para permanecer com alegria. Ao chegar ao coração de alguém, Faça-o com amor e respeito, Coração é terra nobre e sagrada, Não traga dor e tristeza, Transigir o amor não é direito.
Não tente entrar sem convite, Para adentrar é preciso senha, Não venha cheio de exigências, Caminhe com cuidado, Apenas, venha... Não queira ser o dono do lugar, Não queira mudar o que lá está. Sutilmente acomode-se onde Onde o dono lhe colocar. Não traga bagagens pesadas, Difíceis de organizar. Traga leveza, carinho, Que combinam com qualquer lugar. Não chegue se sentindo em casa, Não se espalhe em demasia, Chegue com delicadeza, Para permanecer com alegria. Ao chegar ao coração de alguém, Faça-o com amor e respeito, Coração é terra nobre e sagrada, Não traga dor e tristeza, Transigir o amor não é direito.
DIGESTÃO
Reavaliar sentimentos... O que me acrescenta? O que me diminui? Repensar relações... Quem acolhe meu ser? Quem me suga a alma E me descarta? Redefinir projetos... Plantar rosas em terrenos férteis, Poesia é para quem tem ouvidos de ouvir. Refazer-se, reconstruir-se, reorientar-se. Esmurrar ponta de faca dilacera as mãos. Melhor uma dieta leve, Facilita a digestão.
Reavaliar sentimentos... O que me acrescenta? O que me diminui? Repensar relações... Quem acolhe meu ser? Quem me suga a alma E me descarta? Redefinir projetos... Plantar rosas em terrenos férteis, Poesia é para quem tem ouvidos de ouvir. Refazer-se, reconstruir-se, reorientar-se. Esmurrar ponta de faca dilacera as mãos. Melhor uma dieta leve, Facilita a digestão.
ESQUADRO
Existe um mundo quadrado, Onde tudo é planejado, Tudo é reto, Enquadrado, Classificado. Existe um mundo Desenhado a esquadro, Tudo reto, Delineado, Detalhado. Onde eu não me enquadro... Gosto das curvas, Das infinitas voltas da espiral, Da surpresa do inesperado. Do poesia que se esconde No que não quer ser revelado. Gosto do claro/escuro, Da madrugada, Dos crepúsculos vermelhos, Do que mora no outro lado Do espelho. Na poesia, não quero a clareza, A exatidão da hipotenusa. Prefiro às dízimas não periódicas, Que me procuram no infinito de mim. No esquadro da vida sem poesia, Definitivamente, não me enquadro.
Existe um mundo quadrado, Onde tudo é planejado, Tudo é reto, Enquadrado, Classificado. Existe um mundo Desenhado a esquadro, Tudo reto, Delineado, Detalhado. Onde eu não me enquadro... Gosto das curvas, Das infinitas voltas da espiral, Da surpresa do inesperado. Do poesia que se esconde No que não quer ser revelado. Gosto do claro/escuro, Da madrugada, Dos crepúsculos vermelhos, Do que mora no outro lado Do espelho. Na poesia, não quero a clareza, A exatidão da hipotenusa. Prefiro às dízimas não periódicas, Que me procuram no infinito de mim. No esquadro da vida sem poesia, Definitivamente, não me enquadro.
FALANDO A CECÍLIA
Era por ti que eu esperava! Todo esse tempo te sonhei... Meu verso pequeno sempre Dizia de ti. Guardei as melhores rimas E os sentimentos mais puros, Esperando-te pacientemente, Para encantar essa gente. Agora trago tudo aqui Na mente e no coração, Vem, não esperes mais tempo, Basta apenas que segures minha mão. Com pena douro, juntas, Haveremos de encantar, Cantaremos à poesia pura, Nas belezas do viver e do amar.
Era por ti que eu esperava! Todo esse tempo te sonhei... Meu verso pequeno sempre Dizia de ti. Guardei as melhores rimas E os sentimentos mais puros, Esperando-te pacientemente, Para encantar essa gente. Agora trago tudo aqui Na mente e no coração, Vem, não esperes mais tempo, Basta apenas que segures minha mão. Com pena douro, juntas, Haveremos de encantar, Cantaremos à poesia pura, Nas belezas do viver e do amar.
(Homenagem à Cecília Meireles)
A MÃO E A LUVA
A mão veste a luva E os cinco dedos se encontram Se completam, Complementam, Aquecem-se mutuamente. A luva enfeita a mão, Protege-a com sua maciez, Encaixa-se perfeitamente Em suas curvas, Em seus relevos. Somos a mão e a luva Tudo em nós se encaixa, Tudo rima e se combina Em perfeita harmonia, Em ritmo e sintonia. Somos a luva e a mão, Nossas bocas se encontram, As nossas peles se vestem E o amor aquece o coração.
A mão veste a luva E os cinco dedos se encontram Se completam, Complementam, Aquecem-se mutuamente. A luva enfeita a mão, Protege-a com sua maciez, Encaixa-se perfeitamente Em suas curvas, Em seus relevos. Somos a mão e a luva Tudo em nós se encaixa, Tudo rima e se combina Em perfeita harmonia, Em ritmo e sintonia. Somos a luva e a mão, Nossas bocas se encontram, As nossas peles se vestem E o amor aquece o coração.
