Árvore morta
Desnudo galho dependurado Pedaço sem vínculo, morto projétil seco, inutilizado que já foi vida, compôs um todo Se foi feito verso de poema igual a tijolo de casa o presente é corpo insepulto flutuante decomposição A árvore, agora ser decrépito sem vida, não tem sustento forma até de belo quadro mérito do que foi no passado Restou sombra projetada pela luz de outra aurora partiu a folha, o fruto restou a cinza, o assombro
Desnudo galho dependurado Pedaço sem vínculo, morto projétil seco, inutilizado que já foi vida, compôs um todo Se foi feito verso de poema igual a tijolo de casa o presente é corpo insepulto flutuante decomposição A árvore, agora ser decrépito sem vida, não tem sustento forma até de belo quadro mérito do que foi no passado Restou sombra projetada pela luz de outra aurora partiu a folha, o fruto restou a cinza, o assombro
Noturno
Rastro no resto da luz clareia o corpo na sela cavalga entre garras dos galhos ressecados Noturno ser errante no galope do terrestre giro em artifícios da insana mente bons dizeres dos silêncios E pelo céu avante das nuvens despojado grita para a noite sou ave da pedra em fogo
Rastro no resto da luz clareia o corpo na sela cavalga entre garras dos galhos ressecados Noturno ser errante no galope do terrestre giro em artifícios da insana mente bons dizeres dos silêncios E pelo céu avante das nuvens despojado grita para a noite sou ave da pedra em fogo
Natureza morta
Revela a morte em beleza desgalha poética na secura como nó no destino da sombra filtro sanguíneo da aurora E arregaça todas as palavras e destila os ódios em cascatas se hoje de esgueira olha dia virá de silêncio, de risadas Seca, tem só fruto de memória sem vida, resta a carcaça de vigia monumento à natureza morta ainda, assim, reflexiva pintura
Revela a morte em beleza desgalha poética na secura como nó no destino da sombra filtro sanguíneo da aurora E arregaça todas as palavras e destila os ódios em cascatas se hoje de esgueira olha dia virá de silêncio, de risadas Seca, tem só fruto de memória sem vida, resta a carcaça de vigia monumento à natureza morta ainda, assim, reflexiva pintura
Tronco
Recorte urbano em silêncio incômodo serra, queda, espanto a sombra, juz o mundo desfigura o entorno criamos apenas muros e, depois, dói o murro ao alcance elétrico lâmina veneno sai o tronco, inexiste o fruto
Recorte urbano em silêncio incômodo serra, queda, espanto a sombra, juz o mundo desfigura o entorno criamos apenas muros e, depois, dói o murro ao alcance elétrico lâmina veneno sai o tronco, inexiste o fruto