Meu colega escritor Ariano Suassuna contava que uma vez foi jantar na casa de milionários cariocas e a anfitriã ficou decepcionada ao saber que ele jamais havia saído do Brasil. Pior ainda; não conhecia a Disney. Ariano concluiu então que para aquela senhora o mundo se dividia em duas partes; os que conheciam a Disney e o resto.
Observando o Brasil bem de longe (estou não fazendo nada em Florença), depois de conviver com brasileiros de todas as regiões e de todas as tendências políticas que encontro em restaurantes e museus, cheguei à insuperável conclusão de que o Brasil transformou-se em duas Disneys. Os que votaram em Bolsonaro entendem que o resto não merece sua atenção. Os que votaram em Lula não têm, como direi… a melhor impressão de quem não sufragou seu candidato.
Observando o Brasil bem de longe (estou não fazendo nada em Florença), depois de conviver com brasileiros de todas as regiões e de todas as tendências políticas que encontro em restaurantes e museus, cheguei à insuperável conclusão de que o Brasil transformou-se em duas Disneys. Os que votaram em Bolsonaro entendem que o resto não merece sua atenção. Os que votaram em Lula não têm, como direi… a melhor impressão de quem não sufragou seu candidato.
No meu caso, sempre me identifiquei como não votante e levo porrada dos dois lados. O mínimo que dizem é que serei governado por alguém que não escolhi. Mas estou tão preocupado!… Será que ainda não entenderam quem manda no Brasil?
Porém, deixemos isso para lá. Voltemos à Disney.
Bolsonaristas e lulistas, cingidos aos seus parques de diversões, pretendem que a felicidade esteja intramuros de suas convicções com exclusividade.
Qual o quê!
O Brasil só permaneceu grande, forte e rico (rouba-se há 500 anos e ainda há muito o que roubar se continuarmos a permitir) porque sempre foi unido. Sotaques e culinária, vestimentas e procedimentos diferentes nunca nos separaram. Não podemos permitir que a escumalha da política haja hoje para menos amanhãs.
Minha ideia é suspender por um tempo o “Ordem e progresso” da nossa bandeira e ali colocar a palavra RESPEITO. Pelo menos até que superemos esse ranço bobo e sem sentido. Que a copa do mundo e o natal (seleção de verde e amarelo e o papai Noel de vermelho) sejam a síntese das cores da felicidade que tanto precisamos e merecemos.
Viva o Brasil!