Aurora de largas nuvens, orvalho de poesia e sonho. Segue o vento ao sabor do tempo, feito o majestoso rio que corre à procura do mar. O tempo de Ângela Bezerra de Castro, permanentemente, nos ensina e nos convida a horizontes de esperança e sinceridade, de reflexão e conhecimento, de afeto e grandeza.
E foi bem assim e muito mais além da noite, o que se assistiria nos salões da Sonho Doce, tendo o céu e as estrelas por testemunha, a assinalar misto de magia e felicidade. Encontro de amigos e queridos para celebrar uma vida plena, cheia de graça e bem vivida.
E foi bem assim e muito mais além da noite, o que se assistiria nos salões da Sonho Doce, tendo o céu e as estrelas por testemunha, a assinalar misto de magia e felicidade. Encontro de amigos e queridos para celebrar uma vida plena, cheia de graça e bem vivida.
O aconchego do ambiente se viu pequeno para abraçar inúmeros e valiosos clamores, entre infinitos fios de cores e sabores. Mas a noite se encarregara de acomodar o olhar e o coração com o necessário desvelo de cada estima.
Enquanto eram servidas delícias da casa, bem acompanhadas e cheias de carinho e atenção, entre fartas dozes de champanhe, Whisky e vinho, a trilha escolhida haveria de ceder lugar à canção de Frank Sinatra, “My Way”, na voz do vocalista do Molho Inglês Abelardo Jurema Filho, em especial homenagem à meiga anfitriã.
Do mesmo modo, o lançamento da coletânea “Ao sabor do diálogo” haveria de compor e reger tão especialíssimo cardápio. Mereceria perfeita e preenchida escrita de Francisco Sales Gaudêncio, em prelúdio de primorosa seleta, completada e nomeada com as contas do seu rosário: “ Ângela, cantada, admirada e reconhecida, lida e vista por vários olhares, de muita competência. Mulher simples, na forma de vida que escolheu viver e múltipla em tudo que faz”.
Dedicada a queridos que agora convivem com rios e caminhos ternos e eternos do tempo, a exemplo de Luiz Augusto Crispim, Odilon Ribeiro Coutinho, Joacil de Brito Pereira, Juarez Farias, Walter Galvão, Martinho Moreira Franco e João Manuel de Carvalho, a obra exibe e proclama textos selecionados de tantos outros nomes que espelham, entre os escritos do cronista Gonzaga Rodrigues, a sua voz maior.
Esplêndido desenho da capa vem impresso com a assinatura de um dos maiores nomes do nosso mais expressivo exercício cultural. O toque primordial do artista Flávio Tavares lustra e ilustra o livro com as mágicas cores dos seus incontidos e dadivosos pincéis.
Fantástica e generosa imagem a contar com precioso e preciso apontamento de outro grande artista da nossa paisagem humana: o fotógrafo Antônio David Diniz. São dele outros incríveis registros e crônicas que sublinham e iluminam incansável lente cotidiana.
Por sua cativada hora, por seu autêntico pensar, a fala de Dom Ramalho Leite, em nome dos seus pares, ressignificou intensa e imensa caminhada da educadora e acadêmica, nascida em Bananeiras e, mais tarde, reconhecida como uma das grandes vozes que cultivam e florescem nossa aclamada literatura.
“O que disseram seus críticos ou seus admiradores ganha o selo da perpetuidade com essa publicação, que não reflete a vaidade da homenageada, mas a história de uma mulher respeitada e admirada por seus conterrâneos”. Foi o que nos revelaria, com alegria e afetuosas palavras, o presidente da Academia Paraibana de Letras.
Se, antes, ela já fora a primeira mulher a conduzir os destinos da Casa de Coriolano de Medeiros, também, seria, naquela noite, a primeira a receber tamanha honraria: a Medalha Oscar de Castro. Por mérito do seu franco e extraordinário caminhar.
A partir de então, e por toda noite, passaria a carregá-la com enorme esmero em volta do pescoço. Para orgulho de sua fiel escudeira Tânia Enedino e de todos nós que privamos dessa admirável e sublime convivência.
Vindo especialmente de Natal, onde reside já algum tempo, no estado vizinho do Rio Grande do Norte, o contista Aldo Lopes se juntaria ao poeta Sérgio de Castro Pinto e aos demais conterrâneos paraibanos, para fazer coro nos braços do forte e extenso abraço à estimada e admirada aniversariante.
Tantos foram os generosos gestos a sublimarem marejados ares com o brilho de inumeráveis olhares. Do seu canto, ali presente, a ocupar dedicado sentimento, o arquiteto Germano Romero trouxe o canto azul-celeste no olhar inestimável de Carlos Romero, com inspiradora mensagem de amor a ela ofertada.
A aniversariante com Aldo Lopes, Germano Romero, Milton Marques, Gonzaga Rodrigues, Helder Moura e Luiz Augusto Crispim Filho
Acolhidos e escolhidos cliques fizeram registro ao redor da mesa das efígies familiares. Dos formidáveis afagos e laços exemplares, o irmão José Carneiro Neto não se furtaria a somar e a juntar os entes presentes na fabulosa foto para o álbum de família.
A celebração dos 80 anos de Ângela Bezerra de Castro fora palco para encenado e encantado conto de fadas. Delicada e dedicada comunhão de vozes, inesquecível signo de luz e sentimento. Como, em raras vezes, merecemos o privilégio de alcançar.
A noite, a todo tempo, a todo instante, mais do que tudo, se veria pequena para larga e tamanha emoção.