Em um ano, a Terra dá uma volta inteira pelo Sol. Leva 365 dias. São 12 meses. E quem terá inventado meses, anos, o tempo?… Janeiro, Julho, Maio, são bonitos os doze nomes de trinta dias. Todos a gosto. De três em três, viram estações, de agosto a agosto.
Mas o tempo não é numérico, há séculos, milênios. Se for procurar, vira ano-luz, que bonito! Embora o tempo sirva para contar história. Muitas. História do mundo, de guerra e de paz, Tolstoi, de Deus, que tudo criou “em 6 dias”… Eita dias grandes! Vinte e quatro horas, mais de mil minutos, oitenta e tantos mil segundos. Se for olhar o tempo no microscópio capaz de encontrarmos também por lá alguns segundos-luz…
Mas o tempo não é numérico, há séculos, milênios. Se for procurar, vira ano-luz, que bonito! Embora o tempo sirva para contar história. Muitas. História do mundo, de guerra e de paz, Tolstoi, de Deus, que tudo criou “em 6 dias”… Eita dias grandes! Vinte e quatro horas, mais de mil minutos, oitenta e tantos mil segundos. Se for olhar o tempo no microscópio capaz de encontrarmos também por lá alguns segundos-luz…
Sim, claro, o tempo é infinito, mesmo que pensem ter havido um marco zero, um começo de tudo, coisa de que a Física moderna já desconfia não ser verdade. Irmão do tempo, o espaço é outra cômoda referência que não tem fim. Metro, hectômetro, quilômetro, e depois? Tem metro luz?
É a velha mania de enclausurar ideias, emoções, vidas. Deixe estar, termina sendo poético. Que seriam dos parabéns se não houvesse aniversários? E como saberíamos das idades, se não existissem os anos, os giros da Terra pelo Sol? Contando as rugas? Não, pois algumas sabem muito bem como enganar o tempo. Escondem-se por trás da idade, da felicidade, da feliz idade. “A gente tem a idade que sente; e não a idade que tem” - já dizia Carlos Romero.
E da Lua, que tempo se conta? Minguante ou crescente? Em quantas horas ela se enche de novo? Depende do mar, que nem sabe a idade que tem. Mas, como de anos e datas se tece a história, vamos achar que tudo se renova. E todo ano, lá vai a Terra em mais uma jornada de 365 dias.
Há quase quatro anos nosso amado pai embarcou em um voo iluminado, levando privilegiada bagagem. Uma bagagem que não pesa, não tem idade e não ocupa espaço. Que maravilha viajar com uma bagagem dessa… É que a paz não pesa. Muito menos na consciência de um homem bom e plenamente feliz.
Parece que foi ontem… O que prova como o tempo é relativo, maleável, infinito. Incrível como o amor desafia o tempo. O amor que crê, que se nutre de fé, de ternura, de boas lembranças está imune às tantas voltas que a Terra dará pelo Sol. Enquanto houver Sol, pois o meu mano cosmólogo, Carlos Augusto, nos diz que ele já é um “senhor de meia idade”… Imagine só. Imagine Sol…
Pouco mais, vamos viajar. Sempre com ele, claro. Não há ausente mais presente, onde quer que estejamos. Com a vantagem de ele agora não precisar mais de passagem. Nem de bagagem, nem de avião. Só aquela que não pesa…
No mundo que ele agora habita não há relógio, e nem o dia se separa da noite, não é, papai? Como saberás que voaste há quatro anos? Pouco importa. Nosso amor não tem hora nem tempo, dia ou noite, ano ou século. Ele transcende a essas bobagens que aniversariam apagando velinhas e desejando mais vida. Como me lembro de que rias tanto dos “normóticos” e de suas velinhas sem fim, citando Pierre Weil e Roberto Crema.
Normótico, nunca! Viva os loucos, cheios de vida, sem tempo nem espaço. Para eles, não importa quantos dias tem um ano, quanto tempo vive a lua ou quantas vezes o mar seca por semana. Contar pra quê, se o nosso amor não cabe em séculos, quanto mais em anos?... Nos vemos em Paris, ok?