"Ousada e verdadeira essa mulher que escreve: ‘Por um jardim sem serpente, sem falsos julgamentos. Nem anjos munidos de espadas de fogo. Que nada entendem da verdadeira história’. Está falando por todas nós, que temos medo de maçãs envenenadas, ardil preparado e pior, julgamentos que podem nos levar ao fundo do inferno... Parabéns, Milfa. Sua poesia é intensa e linda."
Cristina Porcaro
▪ 01.09.2022
Comentário sobre os poemas
“Ser mulher é a ousadia mais libertária!”, de
Milfa Valério.
"Prof. Milton, com a devida vênia, gostaria de manifestar a irrestrita anuência ao exposto. Assim como, pontuar que quiséramos poder ombrear o texto euclidiano em “Os Sertões” ao platônico da “República”, desde a tenra formação em nossas salas de aula do ensino fundamental e ao longo do processo formativo até a maturação para discussões políticas, tendo como pressuposto a busca de uma visão mais articulada e crítica sobre a formação e a convivência em sociedade.
Malgrado a existência de profícuos pensadores e obras que contribuíram para os estudos e a prática da educação durante esse vasto intervalo entre os autores citados, bem como os posteriores, os quais por grandeza e complexidade de seus feitos não caberiam ao serem elencados neste simplório comentário. Temos, em especial nas duas últimas décadas, a fuga de reflexões sobre a educação de maneira memorativa, construtiva, séria e contextualizada, as quais poderiam tomar como ponto de partida a perspectiva mais ampla proposta pelo filósofo grego, chegando à cisão cirúrgica legada a nós pelo escritor brasileiro. Nesta, Euclides inova ao abordar literária, histórica e sociologicamente, a aviltante forma beligerante e simplista com a qual a lide foi tratada, de tal forma, que ilustra como ainda somos geridos nacionalmente, pasmem, tratamento vergonhosamente perene e contemporâneo, embora distando já 120 anos da composição de sua obra testemunhal.
Outrossim, temos o uso de uma necropolítica vigendo e pautando a produção de novos discursos rasos e maldosos, intencionais e irresponsavelmente divulgados com o objetivo de macular as instituições de ensino, seus corpos discente e docente, assim como seus expoentes na forma de pensar a educação e sua importância no seio da sociedade.
Professor, seu exuberante texto chega a trazer uma esperançosa catarse ao esquadrinhar as vicissitudes e debilidades, mas também a linha de reflexão pragmática sobre possíveis abordagens redentoras ao tema; contudo, sucumbimos ao deletério desfecho, no qual, por falta de candidatos competentes à discussão sobre o caríssimo tema da educação, vislumbramos que os anos vindouros não permitem, nem ao menos, sonhar com bons auspícios sobre a almejada mudança de nossa realidade. Parabéns pela análise!"
Fábio França
▪ 30.08.2022
Comentário sobre o texto
“E a Educação, para onde vai?”, de
Milton Marques Júnior.