A meu pai, que se foi cedo demais
VIDA-RODA
Vida, vida, vida-roda, que rola, enrosca e sufoca as vontades que a gente tem. Roda, roda, roda-vida, que se abre como ferida e rasga meu coração. Vida-roda, roda-vida, vida minha, que para um abismo caminha: levando, a pulso, meus sonhos, meus loucos sonhos de amor.
Vida, vida, vida-roda, que rola, enrosca e sufoca as vontades que a gente tem. Roda, roda, roda-vida, que se abre como ferida e rasga meu coração. Vida-roda, roda-vida, vida minha, que para um abismo caminha: levando, a pulso, meus sonhos, meus loucos sonhos de amor.
OCASO
Balançou a cabeça para os lados. Deu de ombros, decepcionado. E caiu em sono profundo, desalentado.
Balançou a cabeça para os lados. Deu de ombros, decepcionado. E caiu em sono profundo, desalentado.
AS FLORES DO MORTO
há flores no vaso há água nas flores um cheiro agridoce nas flores do morto que dorme impassível um sono absorto
há flores no vaso há água nas flores um cheiro agridoce nas flores do morto que dorme impassível um sono absorto
ESPÓLIO
Deixo a porta aberta: a vida é curta e a morte certa.
Deixo a porta aberta: a vida é curta e a morte certa.
SÍNTESE
ato falho erro crasso vida curta morte certa tempo escasso
ato falho erro crasso vida curta morte certa tempo escasso
Poemas do livro PONTEIO (Marineuma de Oliveira - junho, 2022 - selecionado no concurso literário A arte da Escrita, promovido pela União Brasileira de Escritores - PB), com 60 poemas escritos nos últimos 2 anos, cujo eixo norteador é fazer uma conexão poética através de linguagens, como a música, dança, teatro e as artes visuais, numa costura feita pela literatura.
Ponteio está disponível por meio do Instagram da Livraria do Luiz ou do WhatsApp: 83 9972-7584