Por todas as mulheres
O grito agora transformou-se em mantra Contra os ruídos na comunicação E os hieróglifos de uma bizarra língua. Por que aviltar a sua própria espécie? A verdade está acima da arrogância E o novo tempo, mal começou. Ser mulher é a ousadia mais libertária! Mesmo passando pela mesa de pedra Em um mundo de deuses opressores. Eis que surge das cinzas nova Eva Que dispensa maçãs oferecidas Sem esconder-se da sua própria nudez. Por um jardim sem serpente, sem falsos julgamentos Nem anjos munidos de espadas de fogo Que nada entendem da verdadeira história.
O grito agora transformou-se em mantra Contra os ruídos na comunicação E os hieróglifos de uma bizarra língua. Por que aviltar a sua própria espécie? A verdade está acima da arrogância E o novo tempo, mal começou. Ser mulher é a ousadia mais libertária! Mesmo passando pela mesa de pedra Em um mundo de deuses opressores. Eis que surge das cinzas nova Eva Que dispensa maçãs oferecidas Sem esconder-se da sua própria nudez. Por um jardim sem serpente, sem falsos julgamentos Nem anjos munidos de espadas de fogo Que nada entendem da verdadeira história.
Era assim
Você me desvelava com o olhar Colhendo meus segredos E me traduzia. Você lia, relia E revisava o texto Muitas vezes depois Tentando juntar fragmentos efêmeros Para a eternidade que se abria Entre nós dois.
Você me desvelava com o olhar Colhendo meus segredos E me traduzia. Você lia, relia E revisava o texto Muitas vezes depois Tentando juntar fragmentos efêmeros Para a eternidade que se abria Entre nós dois.
Expiação
Centelhas antigas invadem o espaço Acordando promessas que se dissolvem No inacessível amanhã. Elos se desfazem no transitório Inertes, engolidos Pela dança fatal do impossível. Contemplo abúlica o oco das horas Mas sinto claramente no tempo que atravesso A espada da escuridão ferir-me a alma Transfigurá-la em pedra de imolação Que nunca para de banhar- se em sangue Até que a luz venha em meu socorro.
Centelhas antigas invadem o espaço Acordando promessas que se dissolvem No inacessível amanhã. Elos se desfazem no transitório Inertes, engolidos Pela dança fatal do impossível. Contemplo abúlica o oco das horas Mas sinto claramente no tempo que atravesso A espada da escuridão ferir-me a alma Transfigurá-la em pedra de imolação Que nunca para de banhar- se em sangue Até que a luz venha em meu socorro.
Tentando explicar
Amo você assim como uma febre incontida Uma alegria incompleta Uma tristeza atrevida. Amo você assim como uma dor cansada, Uma ameaça secreta Uma esperança já desesperada. Como uma estrada que não sei aonde vai dar Um peregrino que parte sem jamais chegar Uma ponte rompida. E de tanto amar você assim Fui ficando, sem notar, assim, assim De extremos consumida.
Amo você assim como uma febre incontida Uma alegria incompleta Uma tristeza atrevida. Amo você assim como uma dor cansada, Uma ameaça secreta Uma esperança já desesperada. Como uma estrada que não sei aonde vai dar Um peregrino que parte sem jamais chegar Uma ponte rompida. E de tanto amar você assim Fui ficando, sem notar, assim, assim De extremos consumida.
Prova
Foi preciso pular um fosso Sem fraquejar, sem hesitação Sem nenhum aviso. Foi preciso entrar num poço Sem analisar Sem plano de ação. Revolver as águas, dissolver os ciscos Tatear na escuridão Correndo riscos. Foi preciso Arrancar bravura de onde não existia Lutando contra o medo Só para sustentar o teu enredo.
Foi preciso pular um fosso Sem fraquejar, sem hesitação Sem nenhum aviso. Foi preciso entrar num poço Sem analisar Sem plano de ação. Revolver as águas, dissolver os ciscos Tatear na escuridão Correndo riscos. Foi preciso Arrancar bravura de onde não existia Lutando contra o medo Só para sustentar o teu enredo.