As pedras baleias presentes na natureza da Tailândia, são formações rochosas de 75 milhões de anos e hoje servem de escultura a céu aberto para que turistas aventureiros sintam a presença familiar desses mamíferos gigantes, modelo de união entre os seus e beleza descomunal. Trazem reflexão a quem, com pés firmes, pode sentir a segurança e solidez daquele espetáculo, esculpidos pelo tempo e pelas coisas que brotam da esfera azul a que pertencemos. Nos lembram um cemitério a céu aberto, pois não se movem, e petrificadas simbolizam algo que esteve vivo um dia.
Bem diferente do cemitério de Picpus, em Paris, um pouco mais carregado de história e tristeza. Lá, em um único túmulo, repousam corpos dos guilhotinados na época da revolução francesa. Ele mantém uma capela com muitos condenados pela lei dos homens, e a guilhotina usada para aplicar a Lei foi o rumo final de muitas criaturas, naquele lugar da capital francesa.
A morte não passa pelo conhecimento. Poucos estão preparados para esse final de sentido. Ela é, sim, uma parte da história de todos.
Outro cemitério segue sendo procurado no universo aberto, bem distante daqui, em Marte, de onde a Nasa transmitiu ao vivo o pouso da sonda Perseverance, enviada para procurar vestígios de vidas passadas por lá. Até a publicação deste texto, não se tem notícia de nenhum fóssil alienígena no planeta vermelho, o que significa que continuamos sozinhos na galáxia.
Esse assustador e lamentoso momento de solidão nos faz valorizar cada grão de areia de nossa existência, mesmo que tenha tido capítulos ardidos pela infâmia e pelos momentos tristes, provocados por criaturas insolentes e desprezíveis com nossos pares. Mas, como estamos ainda por aqui, a cicatriz desses eventos pode ser curada com novos atos de bem.
E novas experiências se desenham através de nossos olhos. Pelos ouvidos, desfilam modelos melodiosos. Pelas mãos, tocam os sentimentos escondidos no tempo, como a timidez e outras travas humanas. Por isso, quanto mais conhecimento nos atinge, maior é a nossa percepção em todas formas.
O tamanho do Círculo do Conhecimento é proporcional à curiosidade do interessado. Seu mundo plástico gira à mesma velocidade da rotação planetária. Pode ser transportado a um lugar escolhido por suas habilidades em buscar perceber e aprofundar seu intelecto. Um caminho resoluto redesenha o ser, e espera-se que o bem possa vir em sua companhia.
Esse pacote completo passa a ser um composto de gente com qualidade para conviver, esperançosa com seus novos projetos de vida e que constrói um colar com as pérolas de suas escolhas.
Ao final de sua existência, poderá apreciá-lo como seu colar de contas, sendo o guia que representará o nobre valor de seus feitos. E não há necessidade em se adaptar tanto. Afinal, você não veio para ficar.