Sabe aquela resistência em entender que as pessoas mudam?
Em aceitar que as amizades se desfazem
que amigos traem, familiares abandonam
que algumas mães matam os próprios filhos
para agradar os seus amantes?
Ela luta com todas as forças que lhe restam
para compreender que nada é eterno
que nem sempre as coisas são o que parecem
e que alguns humanos, não se comportam como humanos
que os ensinamentos do Sidarta Gautama sobre a impermanência das situações
também se atribuem aos relacionamentos
não importando seu grau de compromisso
eis que o grau de comprometimento pode ser reduzido a cinzas, e nem sempre ressurge feito fênix
Desde quando ela vive neste mundo de fantasia?
De credulidade tola e pueril
Não entendeu ainda que muitos só ficam por perto quando estão lucrando
que só vêem os outros como coisa
como aquele vaso de porcelana encantando os sentidos…
Ao primeiro contato, é exposto em uma bela coluna na sala principal
até que outro vaso chega, e este de Murano,
deve agora, ocupar o pedestal
E aquele primeiro e valioso vaso
passa a uma sala de estar íntimo
Com o tempo, outros vasos, esculturas e objetos mais valiosos vão ocupando todos os espaços
o primeiro vaso, acolhe poeira e abandono
até ser doado a uma instituição religiosa
mas lá, eles não valorizam, pois recebem demais: vasos, móveis, flores e outros utensílios
E o vaso é quebrado por desprezo e falta de cuidados…
É assim com um vaso de porcelana, pintado à mão com filetes de ouro
é assim com as pessoas.
As pessoas mudam, e geralmente para pior
ou nunca foram o que aparentavam ser.
julho 07, 2022
Sabe aquela resistência em entender que as pessoas mudam? Em aceitar que as amizades se desfazem que amigos traem, fami...
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