Uma homenagem a Anayde Beiriz,
pelo que foi e pelo que ainda é
pelo que foi e pelo que ainda é
PELO SIM, PELO NÃO
Não, não quero amargar sentimentos de perdas por não ter feito o que quis. Prefiro correr o risco e encarar o perigo de ter minha vontade como força motriz.
Não, não quero amargar sentimentos de perdas por não ter feito o que quis. Prefiro correr o risco e encarar o perigo de ter minha vontade como força motriz.
SER
Água e sal sol e ar luz e terra: lunar Lua e lama pus e coma dama e honra: trama drama amar
Água e sal sol e ar luz e terra: lunar Lua e lama pus e coma dama e honra: trama drama amar
SOLIDÃO
Só, no meio da multidão: angústia, aflição. Só, sem um porquê nem explicação. Só, e nada preenche o vazio que enche meu ser. Só, sem rumo, idas sem voltas: Solidão.
Só, no meio da multidão: angústia, aflição. Só, sem um porquê nem explicação. Só, e nada preenche o vazio que enche meu ser. Só, sem rumo, idas sem voltas: Solidão.
DESTINO
As cruzes que carrego são pontos sem nó, nas linhas tortas do tempo, que ora relego, como palavras ao vento.
As cruzes que carrego são pontos sem nó, nas linhas tortas do tempo, que ora relego, como palavras ao vento.
MORTE
O olho da consciência vê demais. O senso da razão é implacável. E eu que quero, acima de tudo, ser feliz, morro, em vida. Entre a cruz e a espada.
O olho da consciência vê demais. O senso da razão é implacável. E eu que quero, acima de tudo, ser feliz, morro, em vida. Entre a cruz e a espada.
AUTÓPSIA
É intransponível o abismo existente entre minha alma e meu corpo. Uma, busca a paz numa mentira envolvente. O outro, a confusão em desejos absortos. E nessa dualidade de ser ora uma, ora outro, minha razão morre, ao nascer, como se fosse um aborto. E o corpo, eterno necessitado, procura, se cansa e envelhece. E a alma, atriz em um palco, ama, odeia e fenece.
É intransponível o abismo existente entre minha alma e meu corpo. Uma, busca a paz numa mentira envolvente. O outro, a confusão em desejos absortos. E nessa dualidade de ser ora uma, ora outro, minha razão morre, ao nascer, como se fosse um aborto. E o corpo, eterno necessitado, procura, se cansa e envelhece. E a alma, atriz em um palco, ama, odeia e fenece.
PRESSÁGIO
No fim, tudo se acaba e o que se deixa é pouco e questionável.
No fim, tudo se acaba e o que se deixa é pouco e questionável.
Do livro PONTEIO (Marineuma de Oliveira - junho, 2022 - selecionado no concurso literário A arte da Escrita, promovido pela União Brasileira de Escritores - PB), com 60 poemas escritos nos últimos 2 anos, cujo eixo norteador é fazer uma conexão poética através de linguagens, como a música, dança, teatro e as artes visuais, numa costura feita pela literatura.
Ponteio está disponível por meio do Instagram da Livraria do Luiz ou do WhatsApp: 83 9972-7584