José Neiva 90 anos de uma vida bem vivida em família O início de tudo Nascido a 26 de junho de 1932, no sítio Riacho dos Cavalos...

Da fotografia à grafia

José Neiva
90 anos de uma vida bem vivida em família



O início de tudo

Nascido a 26 de junho de 1932, no sítio Riacho dos Cavalos, município de Esperança, José Neiva Freire viveu sua infância, até os 5 anos de idade, na cidade onde nascera. João Neiva, seu pai, carpinteiro por vocação, vendia fumo de rolo em dias de feira. A mãe, Corina, provia os inúmeros e preciosos afazeres domésticos.

Período em que a família passaria a residir no sertão da Paraíba, em São Mamede, quando o pai colocaria em prática seus pendores de artífice, durante o período de construção do mercado público da cidade. O dinheiro, percebido por aquele trabalho, mal dava para suprir as necessidades da feira. Ou seja, só dava mesmo para juntar uma cuia de feijão, uma de farinha e outra de milho.

Acervo familiar
Sua mãe “era uma mulher extraordinária”, como ele mesmo descreve. Mulher de fibra, mãe abnegada e amantíssima. Proveu a gestação e o nascimento de dez filhos: Maria, Antônio, José, Lourival, Otávio, Nivaldo, Socorro, Edileuza, Marlene e Carmem Leda. Cuidava da casa, cozinhava, lavava, passava e costurava todas as roupas da família.

Nos dias de feira, comprava rapadura, repartia em pedaços, para os filhos aprenderem como comercializar o produto. José e seu irmão, Antônio, iam para o mercado vender. O primeiro, com a rapadura, e, o outro, com a garrafinha d’água e um copo. O que resultava alguns poucos tostões, em moeda da época.

Corina também se dedicara a cozinhar para os feirantes que vinham de fora, pois, na cidade, não havia lugar para comer ou dormir. Por sua vez, o dono da casa passara a vender fumo em três feiras: São Mamede, Patos e Santa Luzia. Durante os outros dias da semana, trabalhava como marceneiro. Toda a família se mobilizava para garantir comida à mesa dos Neiva.

Seria preciso acontecimento extraordinário para mudar, e mudar para melhor, os passos cotidianos da família. A notícia chegaria, não muito longe dali, em forma de descoberta da mina de ouro de São Vicente. O tio de Neiva, Joaquim Inácio dos Santos, era um dos sócios do melhor lote, onde era possível encontrar mais ouro, uma média de 3 kg por semana. Assim, João Neiva passaria a ser fiscal do negócio, por ser homem de confiança do primo.

Acervo familiar
A vida da família mudaria da água para o vinho. Seria o início de uma vida vislumbrada pelo encantado mundo de rei e rainha, de príncipe e princesa, de fada e condão. A partir de então, ficariam extintos os problemas financeiros da casa. O patriarca João Neiva passaria a perceber excelente salário, para os padrões da época.

Mas como a vida não é só feita de flores, a família teve que amargar novo revés financeiro. Manoel de Oliveira, proprietário da fazenda, onde se encontrava instalada a mina de ouro, não fez o registro do empreendimento nos órgãos federais e, por sua vez, um grupo de empresários registrou a mina em seu nome. O certo é que o novo grupo não tinha experiência na sua exploração e nem conhecimento dos locais onde existia ouro. E veio, então, o fracasso, somado a enorme prejuízo.

Após o fechamento do lugar, tudo foi e ficou na estaca zero e todos voltaram ao antigo trabalho para sobreviver. Joaquim Inácio dos Santos, ao perder tudo, recorreu, ao cunhado João Neiva, a empréstimo para comprar caminhão e ajudar nos sustentos. Agora, passaria a trabalhar com o transporte de cargas.

Nesse mesmo tempo, Corina começou a fazer tapioca e pirulito para Neiva e os irmãos venderem. O menino tinha que ir ao rio, duas vezes, para buscar água em galão, que dava para abastecer os depósitos da casa. Período esse que duraria cerca de três anos. O que não o permitiu frequentar regularmente as atividades escolares. Por isso, só podera ser, muito mal, alfabetizado.



O primeiro emprego

Época de emprego escasso, 1945, também, era o ano da passeata em comemoração ao fim da Segunda Guerra Mundial. Ao passar em frente ao foto de Patos, onde passaria a residir com a família, ainda adolescente, Neiva seria abordado por Sebastião Ramos, dono do estabelecimento, para fazer-lhe convite de trabalho de limpeza no salão do foto. Proposta aceita naquele mesmo instante. Ao concluir o serviço, o fotógrafo perguntou se ele gostaria de continuar aquela atividade dali por diante, para a qual oferecera 50 mil réis por mês.

Com pouco mais de 13 anos, naquele dia, José Neiva voltaria para a casa feliz, por ter conquistado o primeiro emprego da sua vida. Sem estudo, sem experiência, e, ainda, por cima, arrumar emprego!? Era mesmo a maior felicidade do garoto, naquele dia tão especial.

Ao retornar à casa, contou, de imediato, para a mãe, tal novidade e ela não perdeu tempo e logo ordenou que os 50 mil réis tinham que ser repassados para ajudar nas despesas da casa. O dinheiro serviria, também, para levá-lo ao cinema e para a compra de roupas. O emprego durou cerca de quatro anos.

Chilon Gonçalves


A conquista de um sonho


A fotografia já era para Neiva sonho de consumo e modelo de profissão, apesar de Sebastião não abrir mão e nem espaço para o aprendizado do rapaz no exercício de ampliação das fotos. Na época, ele só lavava as fotografias, depois de reveladas.

Funileiro no interior de Pernambuco, Sebastião se abastecera, na Paraíba, com os largos recursos da fotografia, mas, no entanto, não passaria para frente a arte que aprendera, pois só ensinara ao seu colaborador o básico, ou seja, o retrato direto no contato, que não passava pelo ampliador. A revelação seria feita à luz do sol e o principal produto era só a foto em 3x4.

Ao perceber não encontrar, ali, asas para colorir os horizontes que seriam responsáveis por desenhar os itinerários do seu futuro, pedira demissão do trabalho e carta de recomendação, para poder correr atrás do sonho. Sonho esse que esboçara e acalentara já por algum tempo.

Foi direto ao foto mais conceituado de Campina Grande, Elite Foto, de propriedade de Otacílio Gaudêncio. Ao apresentar a carta, teria o emprego assegurado. Aderson de Farias Carvalho, gerente do estabelecimento, foi quem mostrou o laboratório composto de ampliador, banheiras e uma prensa de contato. Neiva só entendia da prensa, pois era o serviço em que se especializara em Patos.

IBGE
Por ainda não estar habituado com o trabalho no ampliador, Aderson se prontificou a prestar todos os ensinamentos necessários à aprendizagem. Com vontade de vencer, o rapaz aprenderia o ofício com rapidez e eficiência. Com o falecimento do gerente, meses depois, e a ida de Otacílio para Recife, em Pernambuco, Neiva terminou ocupando a vaga de gerente do foto.

Três anos depois, entendera que já era hora de tentar a sorte com ambicioso projeto de montar, ao lado do irmão Antônio, foto na cidade do Crato, no Ceará. Mas o resultado não confirmaria suas expectativas como empreendedor. De volta à Campina Grande, retornou ao antigo emprego pelas mãos de Otacílio.


As janelas do coração

Nos oito meses vindouros, Neiva dividiria morada na casa de sua tia Joana, esposa do tio e futuro sogro Joaquim Inácio dos Santos. Foi quando, confessa, ter se surpreendido com os olhares da prima Eulália a ele dirigidos. Sempre muito tímido, não tivera coragem de se declarar para aquele flerte. Lala foi quem tomou a iniciativa de roubar o primeiro beijo. E, naquela bela noite, ela o colocou contra a parede e, assim, revelou: “você vai decidir agora se quer ou não namorar comigo”.

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Aos 18 anos de idade, e com esse breve e leve empurrão de sua amada Lala, entendera já estar pronto para assumir o amor da sua vida e para abrir o seu próprio negócio em Campina Grande. A primeira máquina de fotografia que possuiu foi uma Hollyflex. Mas aprendeu mesmo a fotografar de posse de uma Kodak caixão.

Neiva, então, somou subsídios e dinheiro para adquirir equipamentos, com o objetivo de abrir, finalmente, o seu foto. Retocava retratos para ganhar dinheiro extra. Fazia isso, à noite, no foto de Otacílio. Eram, ali, ensaiados os primeiros passos para juntar os panos e os laços com os meigos braços e abraços de Lala. Três anos depois se casariam, e, dessa união, nasceriam seis filhos: Vladimir, Carlos José (Carlito), Valéria, Cláudia, Vanessa e Moema.

Hoje, os avós da admirada atriz Mayana Neiva, Lala e José Neiva, espalham seus amores e suas alegrias, também, pelos ternos olhares dos outros netos Luciana, Luana, Juliana, Camila, Victor, Ana Luiza, Mariana, Isadora, Gabriela, Felipe, João Henrique, Guilherme e Isabela.

E, ainda, se valem dos mimos e cantares que florescem nos gestos e afetos dos bisnetos Maria Luiza, Marina, Pedro, Marceu, Catarina e Victória.

Acervo familiar
“Estamos casados há mais de 60 anos, nunca fomos dormir brigados”. É o que nos revela Neiva, com tamanha alegria e imenso orgulho.

Como é bonito e sublime um amor assim. Amor, pela natureza cuidado. Amor, por Deus abençoado. Sincero e cativado, puro e cultivado, meigo e desenhado, vivo e renovado. Por todo o sempre.


A magia da fotografia

O primeiro negócio seria batizado de Foto Neiva, localizado à rua Maciel Pinheiro, em Campina Grande. No andar de cima da livraria Moderna. O começo teria por palco magníficas cenas de casamento. Algumas personalidades políticas e empresariais tiveram suas bodas registradas pelas sensíveis e sofisticadas lentes de Neiva.

José Neiva se vestira com o olhar de um dos mais conceituados e requisitados fotógrafos da Rainha da Borborema. Lala, por sua vez, oferecia formidável contribuição ao trabalho do marido, ora atendendo aos clientes, ora, também, clicando e fomentando a produção de excelentes imagens.

@retalhoscg
A partir dali, o foto começaria a prosperar. Já acumulava reconhecimento e prestígio na cidade, com vasta e qualificada agenda de clientes. O que o fez sair da Maciel Pinheiro e parar na galeria do edifício Roberto Palomo. O local, bem maior, abrigava duas salas, uma para a recepção e outra para o estúdio. Depois ampliaria o espaço, com o anexo de um porão, para dar lugar ao laboratório.

34 anos seria tempo acumulado e suficiente para mover o universo da fotografia nos imensos e intensos arredores da Grande Campina. Vento a correr entre passado e futuro, tempo a fazer registro dos melhores momentos da vida campinense. Tempo, também, a anunciar novos ventos com as vastas nuvens do presente.

O mundo se modernizara com novas conquistas. Máquinas fotográficas ganhavam o espaço das lojas e o olhar e a praticidade das pessoas em produzirem suas próprias fotos. Era preciso acompanhar e se adaptar aos novos ritmos impostos pelo progresso vindo dos núcleos mais desenvolvidos.


O olhar empreendedor

Neiva e Lala não se fizeram de rogados. Partiriam, de imediato, para a implantação de serviços exclusivos de cópia xerox e de encadernação. Inicialmente, com a alocação de 3 máquinas. Uma para o foto e as outras duas a serem instaladas no Detran e no Fórum da cidade, com contrato inicial de dois anos.

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Acabara de ser criado o Plano de Desenvolvimento Local Integrado (PDLI), de Campina Grande, e o casal empreendedor passou a ser responsável por inúmeras encadernações, para suprir e compor projetos sociais, urbanísticos e de desenvolvimento econômico. O negócio vinha de vento em popa, o que acabaria por estimular a necessidade de impressão de outros serviços gráficos.

Mas a fotografia nunca o deixara de lado. Por isso, Neiva não recusava encomendas para ilustrar, com sua arte, folders e outros impressos publicitários de lojas, empresas e de órgãos responsáveis pela divulgação dos atrativos turísticos da cidade. Trabalho que passaria a desenvolver, com mais constância, em João Pessoa.

Feiras e outros grandes eventos, promovidos pela indústria e pelo comércio, fora da Paraíba, também, passam a fazer parte do cotidiano do fotógrafo. Trabalho que o motivou a investir no setor gráfico, ainda mais, e, principalmente, quando de sua visita, em companhia de Lala, à gráfica do cineasta e fotógrafo Machado Bitencourt, localizada na capital paraibana.


Os caminhos gráficos

Era o ano de 1972. Campina Grande não dispunha de nenhuma outra empresa gráfica funcionando em sistema offset e o endereço localizado na galeria do Edifício Palomo, no andar de baixo do foto, daria nome à Grafset. A experiência com a fotografia, a partir dali, ofereceria enorme contribuição ao setor gráfico.

Com a expansão dos serviços gráficos, o antigo foto deu lugar ao galpão construído na rua Vigolvino Wanderley, de número 245. A opção inicial recaíra pela escolha em produzir papel timbrado, por sugestão de Lala, e as primeiras encomendas chegariam da Sudene.

Acervo familiar
Logo seriam adquiridos novos equipamentos, especialmente, para a produção de impressos coloridos, em larga escala. Importantes empresas campinenses passaram a confiar suas encomendas à Grafset, seja em forma de catálogos, folders, plaquetes, livros ou por meio de outros impressos e serviços. O artista plástico Chico Pereira passaria, desde então, a assumir consultoria permanente, a acompanhar os passos gráficos por Neiva trilhados.

Grandes demandas apontariam atividade promissora na área educacional, ao surgir, daí, ideia pioneira na produção de cartilhas escolares. Semente que seria plantada e florescida por sugestão do jornalista e cronista Gonzaga Rodrigues, um dos nossos maiores mestres da literatura paraibana contemporânea.

Em outra vertente, coordenada pela professora Janete Lins Rodriguez, a ação se voltava à edição do primeiro Atlas Geográfico da Paraíba. Tais projetos abriram portas para que a empresa enveredasse para a produção de livros didáticos, nas regiões Norte e Nordeste.

As vendas seriam ampliadas para toda a Paraíba e, também, para o estado vizinho de Pernambuco, obrigando à Grafset instalar, em João Pessoa, uma filial com o selo Edigraf. O Jornal da Paraíba e material publicitário do Café São Braz passaram a ser impressos pela Grafset, o que motivou a transferência definitiva da empresa para a capital paraibana.

A iniciativa contou com o estímulo e a ação decisiva de um dos filhos de Neiva e Lala. Carlito, como era mais conhecido, tomou para si a viabilidade e os meios necessários para garantir nova morada ao parque gráfico da empresa genuinamente campinense. Inicialmente instalada em frente à Praça da Independência, tempo depois, a Grafset tomaria lugar em área privilegiada do Distrito Industrial de João Pessoa, às margens da BR-101.

Uma nova casa dava boas-vindas aos seus amigos e clientes, com a disponibilidade e escolha de diversos impressos padronizados e mais de 450 itens disponíveis em seu catálogo gráfico. Cartaz, calendário, santinho, panfleto e outdoor passaram, também, a integrar leque de opções oferecido a campanhas políticas.

@grafset
Com a finalidade em atender demandas do Governo Federal, para distribuição nas unidades escolares das diversas regiões do país, a Grafset produziria atlas escolares para os estados do Nordeste e importantes coleções: A África está em nós e O Brasil somos todos nós, ampliando, assim, o seu catálogo, que já contava com mais de 150 títulos, aí incluídos os livros destinados ao FNDE.

A voz familiar da empresa

Os três mosqueteiros Chico Pereira, Gonzaga Rodrigues e Juca Pontes acompanhariam, desde sempre, os caminhos definidos e percorridos por papéis e tintas que tomaram e tomam lugar e assento entre rolos e bobinas, tempo e acabamento, no dia-a-dia das mágicas impressoras. E tudo com o olhar atento e carinhoso do fiel escudeiro José Carlos da Hora. Terno e eterno braço-direito de José Neiva. Lembrança amiga e permanente do que foi e do que representa a Grafset para os caminhos industriais e impressos da Paraíba.

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Gráfica e editora sempre estiveram de mãos dadas, a oferecer inovação tecnológica e os melhores recursos disponíveis para dar vazão a inúmeros projetos editoriais, que fizeram e fazem história na memória gráfica do país, tendo o livro didático, em suas versão e visão digitais, como o principal produto de argumento e convivência com diversas regiões brasileiras. E, mais do que tudo, voltadas a exercício e gestos endereçados ao ensino básico.

Acervo familiar
Fundada desde os anos 70, a Grafset passou pelas mãos de três gerações que moldam e desenham a árvore genealógica da família. O bastão, passado de pai para filho, contou com o gesto e o sentimento de José Neiva, dos irmãos Carlito, Moema e Vladimir Neiva. Principal responsável pela expansão da empresa, Vladimir abriria portas e generosos espaços nos principais centros editoriais do país.

O Grupo Neiva deu lugar a novos conceitos de gestão moderna, eficiente e focada na excelência, agora com o olhar feminino e atualíssimo de Luciana Neiva. Ao contar com a experiência de um dos maiores profissionais em soluções educacionais: o editor Antônio Nicolau Yussef.

E hoje abriga as empresas Editora Grafset, MVC Editora e Lunik, voltadas, também, ao pensamento literário. Sem deixar de olhar para os exemplos do passado, caminha a passos largos em direção aos ventos de horizontes futuros.

Surpreso e, ao mesmo tempo, orgulhoso com as conquistas que o fizeram chegar até aqui, com a mente, o espírito e os olhos sempre abertos para o novo, o então menino, que mal sabia ler, hoje, com seus 90 anos bem vividos, bem sabe valorizar e reconhecer esses grandiosos passos somados.

Grandiosos e dadivosos passos conquistados, os quais contaram e contam com a imprescindível e valorosa colaboração dos que acreditaram ser possível tornar esse sonho em realidade.

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  1. Eita, quanta gente boa reunida em um texto memorialista impecável.
    Também me desperta algumas boas lembranças, dos tempos em que ingressei no magistério, ocupando uma cadeira docente na saudosa Faculdade de Ciências Econômicas de Campina Grande, da UFPb, tempos esses que me deram a ventura de conviver com figuras que bem podemos considerar icônicas da cidade, como não apenas o retratado, mas muitos outros como o eterno Secretário da Faculdade, Nilo Tavares e tantos outros que Campina Grande injustamente esquece.

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