Lá fora um sol abrasador das 17 horas. Sol alto, tardes longas. Pausa para o momento repousante e avaliativo.
Escrevo em um café. Sozinha.
A moça me recebe com um sorriso pendurado nos lábios.Nos entendemos bem - peço um cono de pistacchio e café.
Escrevo em um café. Sozinha.
A moça me recebe com um sorriso pendurado nos lábios.Nos entendemos bem - peço um cono de pistacchio e café.
Observo o lugar, uma loja de coisas gostosas. Espaço bem aproveitado, nem pequeno nem grande. As mesas são redondas, em disposição para oferecer conforto.
Dou um tempo para entender o rumo do pensamento. Ninguém pressiona para que se consuma.
Um senhor lê o jornal do dia. Toca um rock no estilo Ten years after. Ar condicionado na temperatura exata.
Nas paredes predomina o verde água compondo com moveis brancos.Piso de ladrilho hidráulico. O piano branco à espera.
As horas dormem, a luz âmbar difusa. Agora toca Gigolô americano . A alegria mansa de estar sem destino definido.
Espero que lá fora o sol penetre nos corações humanos. A espera da vida que virá, busco corações disponíveis ao amor.
O batom marca a borda da xícara, os seios perfumados.
O relógio muda os minutos O moço faz fotos com o celular e me inclui na cena.
O olhar dispensa o uso de palavras.
A vida avança lá fora...