Na adolescência, tive uma espécie de devoção ao Botafogo do Rio de Janeiro. Era um timaço. Junto com o Santos de Pelé formava a base da seleção bicampeã do mundo em 58 e 62. Era o time do goleirão Manga, Nilton Santos, Garrincha, Didi, Amarildo e Zagalo.
Os contemporâneos da gameleira do Róger sabem disso, porque se divertiam gozando da minha cara, nas derrotas (raras, é bem verdade) do time carioca.
Os contemporâneos da gameleira do Róger sabem disso, porque se divertiam gozando da minha cara, nas derrotas (raras, é bem verdade) do time carioca.
Quando o Botafogo veio jogar pela primeira vez com o seu homônimo de João Pessoa, nos anos 60, levado por um cartola amigo de meu pai, fiz uma foto, no restaurante do Paraíba Palace Hotel, com Garrincha e Manga. Foi a concretização de um sonho de menino.
Sou muito cuidadoso nas minhas memórias, nos meus papéis, mas não consigo encontrar o que considero um dos melhores momentos da minha existência. Acho que a foto se extraviou em alguma mudança.
Garrincha, que morreu há 39 anos, continua sendo meu grande ídolo no futebol. Foi para mim uma figura que encarnava o próprio futebol, esporte que somente me empolgou enquanto era jogado dentro das quatro linhas...
Não tenho mais devoção pelo Botafogo, não aprecio mais o futebol, mas Garrincha, não, continua vivo na minha memória; é paixão que aumenta com a vontade de encontrar a foto no Paraíba Palace Hotel.