Mesmo os meios de transporte, tipo automóveis, motos e bicicletas, só se movem se o ser humano provocar o movimento. Não é comum alguém constatar que alguma coisa se move sozinha. Vá lá, o controle remoto da TV é uma exceção. Não é incomum deixá-lo num lado da cama e encontrá-lo na mesa de cabeceira. Porém é só isso. Móveis rangerem de madrugada e bolinhas de gude baterem no chão do apartamento do seu vizinho de cima são coisas do além, e nessa seara eu não entro; é a área de mãe Leca. E foi exatamente ela quem deu a prova definitiva de que documentos se movem sozinhos, sim.
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Ah, queridos leitores, as malas já despachadas, uma fila enorme de gente atrás de nós também querendo receber seus caraminguás e o danado do passaporte nem tchans. Haja procurar, muita gente ajudando e nada. Claro que não poderíamos embarcar sem o passaporte da sensitiva, que nessas horas perdeu todo seu poder de adivinhação. De volta ao balcão da empresa aérea contei o que acontecera e o gentil homem disse que teríamos de ficar mais dois dias lá, já que o consulado brasileiro só abriria na segunda feira para emissão de um novo documento. Com presteza determinou que nossas malas nos fossem devolvidas.
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O pior de tudo é que fui contar essa história a algumas amigas e todas garantiram ter acontecido algo semelhante com elas, seja com chaves de automóveis, pulseiras, anéis e até um improvável violoncelo.
Será que os objetos só criam seus próprios movimentos quando estão na posse das mulheres, graças aos seus encantos, ou isso é um pensamento machista meu?