Quando deparamos com nossos defeitos, erros e imperfeições. Quando sentimos a dor de perder: seja o emprego que tanto nos dedicamos ou a...

Quebras e reparos

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Quando deparamos com nossos defeitos, erros e imperfeições.

Quando sentimos a dor de perder: seja o emprego que tanto nos dedicamos ou aquele sonhado carro, tão difícil de comprar; a casa que nascemos, e nos criamos.

Quando nos abraça: o sofrimento pela partida de alguém especial; a angústia por uma situação difícil, catastrófica.

Quando um furacão de forças destruidoras, resolve atravessar por nosso território, antes tão calmo.

Hasan Almasi
Quando descobrimos que: apostamos mais em uma imagem ideal do outro, que em nós mesmos;

Quando acontece: a falta de entendimento (desentendimento); a desconstrução da ilusão (desilusão).

Dizemos que “quebrou”. Inicia o indagar pela qual melhor forma de agir; qual melhor caminho seguir; e, principalmente, se vale ou não “reparar”. A primeira providência, é descobrir o valor real daquilo que foi “quebrado”.

Os reparos da alma precisam ter atenção, e respeito, pois algumas quebras são tão valorosas, que o resultado nos fará adicionar um brilho a mais. Essas merecem nossa atenção, respeito, perdão. Não é remendar a toque de caixa. Não se trata de uma reciclagem, por isso não podemos agir igual com tudo que “quebra”. Se aproveitarmos todos os nossos “cacos”, seremos acumuladores. E não se trata disso. Não temos energia para tanto. Se faz necessário o discernimento para eleger aquilo que merece – e precisa – ser consertado.

Se tem algo que nos faz “peça”/ Ser único, são as cicatrizes das nossas dores. Marcas que, por si só, atestam nosso poder de cura e superação.

Não existe relacionamento perfeito. Ponto. Quebras são inevitáveis. Ponto.

Mansour Kiaei
Então, o inevitável e importante será sair do ideal (desidealizar). Tem aquele relacionamento que não tem como dar certo (conserto), o melhor é retirar os cacos, desacumular, dar espaço. Mas, tem o que vale utilizar o “Kintsugi” – técnica japonesa para reparar fissuras, utilizando na mistura o ouro em pó que, ao serem destacadas e embelezadas, trazem à tona a história da peça. O defeituoso torna-se belo em sua autenticidade.

Para esse tipo de relacionamento, pelo que foi antes da quebra, vale cada milímetro de tempo, dedicação, energia, no reparo.

Precisamos estar dispostos, crentes, que ao investir nele iremos descobrir o quanto ainda podem valer, e o quanto irá se enriquecer pelo processo de reconstrução.

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