Os sinos mudos e a rabeca de Elísio soltando notas gaguejadas. A igreja pequena onde fora batizado e recebera outros sacramentos, incluindo o matrimônio celebrado quando o noivo havia dobrado o cabo das tormentas com a noiva paciente. O templo antigo, em ruínas, o mato subindo pelas paredes rasgadas por estragos do tempo. O casal estava cansado, morando na mesma casa, herança do pai de Zizinha, sem atropelos de inventário mastigado, pois ela, a herdeira era filha única.
Passarinho
O concurso para o banco lhe arrancou a enxada. Noites de estudo, rapazote inteligente, o velho no incentivo. Foi um arrasta-pé seguro quando veio o resultado publicado no Diário Oficial.
Zizinha era de olhos no rapaz de futuro. Não muito bonito como ela sonhava, ao ver os filmes americanos exibidos na praça: suspirava por um Marlon Brando local. Mas veio se chegando Elísio. Já tocava naquela época e era conhecido como compositor.
Casados, família pequena, uma freira, uma contadora, um vendedor. Lugar diminuto, a única diversão era o cordão vermelho e azul se debatendo nas festas de fim de ano. Ele torcia por uma cor, ela por outra. Era somente no que divergiam. Casal admirado pelos poucos moradores do lugarejo.
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Chico guardou a viola e desapareceu.