Equivocam-se os que relegam a validade dos mercados públicos, os que entendem que aqueles espeços estão superados. Engano, eles apenas não são administrados com o respeito devido a sua histórica e fiel clientela.
Que clientela? A que não vai onde não pode regatear. Onde os preços só privilegiam, unilateralmente, os donos da maquininha de remarcação, hoje já em voga diária, querendo lembrar os tempos de Sarney, depois do fracasso de seu plano.
Que clientela? A que não vai onde não pode regatear. Onde os preços só privilegiam, unilateralmente, os donos da maquininha de remarcação, hoje já em voga diária, querendo lembrar os tempos de Sarney, depois do fracasso de seu plano.
E não é pouca gente. É pobre, muitos abaixo da linha da pobreza, mas não é pequena. E os que ditam os preços, amparados nas leis do mercado, só tendem a aumentá-la.
Ana Fani
Quem perdeu o costume de regatear ou faz uso rotineiro do cartão – o que é muito cômodo - entra no supermercado ao lado, higienizado, cheiroso, ocupando quase todo um quarteirão da rua; quem já leva para as compras o contado e espichado sai driblando o escorrego entre as barracas a que se reduz hoje o antigo mercadão de Terceiro Neto. Construído para o cômodo da família do bairro mais elegante da cidade, avizinhado das mais belas mansões, terminou como alternativa de feira de uma maioria que compra para a subsistência. E não é pouca, o dinheirinho é que é miúdo.
Patrick Ehrbar
Voltando ao tema inicial: não sei, quem deve saber é o prefeito que escolhi, mas o serviço público que presta um mercado não é coisa de o poder público ignorar. O glorioso Mercado Central, que abasteceu as mais nobres despensas da antiga cidade, mantém-se em permanente congestão de demanda. Passou por reforma que precisa ser completada. A parte de cima, onde a reforma de Ricardo não alcançou, é um lixo. Talvez seja ali, suponho, que se pretende construir um edifício-garagem. Para atender que demanda (?). Certamente a do próprio mercado.