ESQUEÇA PARIS
Esqueça Paris Esqueça Paris Esqueça o poema qu’eu te fiz. Esqueça Paris Esqueça Paris O nosso amor está só por um triz. Te esperei o tempo inteiro De inverno a verão, Mas na primavera você vacilou E partiu meu coração. Esqueça Milão Esqueça Milão Agora eu vou morar no jalapão. Esqueça Milão Esqueça Milão Não quero mais saber de ingratidão. Eu sonhei a vida inteira Com essa paixão, Mas você roubou meu sonho E me deixou no chão. Então esqueça Paris, Esqueça Milão, Agora eu vou fugir para o Japão. Pra você não faço versos Agora é nunca mais. Vou em busca de outro sonho E só vou compor haikais. Esqueça Paris Esqueça Paris O nosso amor agora é pó de giz.
Esqueça Paris Esqueça Paris Esqueça o poema qu’eu te fiz. Esqueça Paris Esqueça Paris O nosso amor está só por um triz. Te esperei o tempo inteiro De inverno a verão, Mas na primavera você vacilou E partiu meu coração. Esqueça Milão Esqueça Milão Agora eu vou morar no jalapão. Esqueça Milão Esqueça Milão Não quero mais saber de ingratidão. Eu sonhei a vida inteira Com essa paixão, Mas você roubou meu sonho E me deixou no chão. Então esqueça Paris, Esqueça Milão, Agora eu vou fugir para o Japão. Pra você não faço versos Agora é nunca mais. Vou em busca de outro sonho E só vou compor haikais. Esqueça Paris Esqueça Paris O nosso amor agora é pó de giz.
FOGÃO DE LENHA
Fogão de lenha, Onde o fogo arde, Sobre ele a panela de barro, Esquenta a água do café da tarde. Fogão de lenha, Onde a brasa queima E no coração um amor que invade, E em não querer ir embora teima. Chão de terra batida, Assim é a estrada de minha vida, Casinha de adobe, telhado de varas, Paredes brancas e janelas azuis. Quero viver assim: Só de pão e poesia, E um amor ao meu lado, A recordar na tarde fria, As rimas do nosso passado. Quero viver assim: Do teu lado. Aquecendo-me na ardência teu corpo, E de teu amor me sentir saciado. Como a brasa que se acende No velho fogão de lenha.
Fogão de lenha, Onde o fogo arde, Sobre ele a panela de barro, Esquenta a água do café da tarde. Fogão de lenha, Onde a brasa queima E no coração um amor que invade, E em não querer ir embora teima. Chão de terra batida, Assim é a estrada de minha vida, Casinha de adobe, telhado de varas, Paredes brancas e janelas azuis. Quero viver assim: Só de pão e poesia, E um amor ao meu lado, A recordar na tarde fria, As rimas do nosso passado. Quero viver assim: Do teu lado. Aquecendo-me na ardência teu corpo, E de teu amor me sentir saciado. Como a brasa que se acende No velho fogão de lenha.
CÉU E MAR
De olhar perdido, Fito o horizonte, Lá adiante, Onde céu e mar se fundem, Ou se confundem... Azuis que se interpenetram, Divididos por uma tênue linha. Que, como abismo, Os separa pela eternidade. Assim é o meu amor, Perdido do teu, Assim é a minha alma, Confundida com a tua. Vagamos perdidos, Em universos paralelos, Que se confundem, A quase se tocar... Entretanto, Há uma linha tênue, Formada por silêncios e segredos, Composta de sonhos e medos... E cai a noite, E o céu desaparece no breu, O mar vira mistério de escuridão. E o amor parece morrer na solidão. Entretanto, Há estrelas a pulsar, brilhando, E as batidas dos nossos corações sintonizando, Encontrarão o caminho de juntar o nosso amor, De confundir de vez, céu e mar.
De olhar perdido, Fito o horizonte, Lá adiante, Onde céu e mar se fundem, Ou se confundem... Azuis que se interpenetram, Divididos por uma tênue linha. Que, como abismo, Os separa pela eternidade. Assim é o meu amor, Perdido do teu, Assim é a minha alma, Confundida com a tua. Vagamos perdidos, Em universos paralelos, Que se confundem, A quase se tocar... Entretanto, Há uma linha tênue, Formada por silêncios e segredos, Composta de sonhos e medos... E cai a noite, E o céu desaparece no breu, O mar vira mistério de escuridão. E o amor parece morrer na solidão. Entretanto, Há estrelas a pulsar, brilhando, E as batidas dos nossos corações sintonizando, Encontrarão o caminho de juntar o nosso amor, De confundir de vez, céu e mar.
DIÁLOGO SILENCIOSO
Era apenas eu e minha solidão, E o nosso velho diálogo silencioso... As mesmas palavras, As mesmas expressões, As mesmas canções. Era apenas eu e minha sombra, Caminhando pelos mesmos velhos caminhos... A mesma paisagem, A mesma estrada, A mesma direção. Era apenas eu comigo mesma, Sonhando os velhos sonhos... As mesmas imagens, As esperanças, Os velhos desejos. Até que chegou a poesia, Trazida por um raio de luar, E, desde então, eu já não caminho mais sozinha, Porque, em suas asas, ela me leva ao infinito de mim.
Era apenas eu e minha solidão, E o nosso velho diálogo silencioso... As mesmas palavras, As mesmas expressões, As mesmas canções. Era apenas eu e minha sombra, Caminhando pelos mesmos velhos caminhos... A mesma paisagem, A mesma estrada, A mesma direção. Era apenas eu comigo mesma, Sonhando os velhos sonhos... As mesmas imagens, As esperanças, Os velhos desejos. Até que chegou a poesia, Trazida por um raio de luar, E, desde então, eu já não caminho mais sozinha, Porque, em suas asas, ela me leva ao infinito de mim.