As cicatrizes relembram a realidade passada. É a presença viva, ou, porque não dizer, é a verdadeira imortalidade, dos momentos bons e ru...

Ser, fazer, ter

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As cicatrizes relembram a realidade passada. É a presença viva, ou, porque não dizer, é a verdadeira imortalidade, dos momentos bons e ruins que se foram.

Apaixonar-se costuma ser uma péssima ideia, mas, mesmo assim, nos permite mergulhar no encantador, e desafiante, oceano do amor.

O temor de se machucar, ou se afogar em lágrimas , nos faz duvidar se vale a pena continuar nadando nas águas do viver, com correntes tão variantes. As vezes frias, as vezes quentes; calmas e tortuosas; transparentes e escuras; salgadas e doces, enfim uma verdadeira “salada russa”.

Mas, sem a luta dos nossos rochedos contra nossos mares, a vida seria insuportável. Evitar ou fugir dela; não nos permitir experienciar o choro do riso, nem o riso do choro; sentir o brilho e a força da dicotomia que chamamos vida.

Para o sorrir explodir em nós, as borboletas em nosso estômago não precisam viver em revoadas. Estar feliz não é para ser uma constância, se fosse seria insano. A felicidade é construída de momentos.

A alegria intermitente só encontramos no rosto pintado do palhaço, que mesmo chorando continua sorrindo sem que seu sofrimento seja visto.

Desconhecemos quanto vale a pena lutar pelo carinho e atenção, quando não amamos.

Pagar para ver o desenrolar do nosso caminhar, nos faz ter noção da nossa capacidade de fazer e ser, para poder ter.

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