Eu sou o que penso, e não o que quero. O pensar leva ao querer, é o querer quem provoca a ação. Ação sem querer é o mesmo que fazer sem vo...

Se pensar em morrer, vou morrer

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Eu sou o que penso, e não o que quero. O pensar leva ao querer, é o querer quem provoca a ação. Ação sem querer é o mesmo que fazer sem vontade. Não existe caminho distante, o distante é o caminho sem propósito. Se penso, existo, se não penso não vou além de um organismo que permanece vivo, impulsionado por um coração que bate indiferente à minha vontade. Portanto, cuidado com o que pensa e deseja.

A vida é como um rio que nasce filamento, que depois transforma-se em regato, riacho, até se tornar rio de verdade. Como a vida, ele segue em frente, por isso é rio. O pensamento é a mesma coisa, ele cresce e se enche do que você alimenta. Não existe rio seco, ele está sempre ocupado, comportado, seja de água, de areia ou lixo. Para a calha do rio não importa o que o leito carrega, ela é apenas um duto, um condutor, é sua natureza, e ponto.

Mas terá seu efeito, como tudo na vida. Então este se manifestará sobre a vida existente no entorno do rio porque tudo faz parte de tudo, porque tudo depende de tudo. Afinal, é a planta que dá o fruto, é o fruto que dá a semente, é a semente que dá a planta.

O sentimento rio (para não dizer palavra) me fez pensar numa pequena estória sobre a ideia de que são nossos pensamentos que regem e definem nossas vidas. É semelhante àquela outra estória que diz que dentro de nós existem anjos e demônios e que vão crescer e nos acompanhar os que dermos vida e ouvidos. Pois bem, deixa contar... Uma grande estiagem, que durou sete anos, devastou plantações e secou fontes e reservatórios em volta de um povoado onde viviam duas mulheres que, igual a toda a população, recorriam a um poço, única ponto de provisão de água.

Todas as manhãs as duas se dirigiam àquele poço. Enquanto enchiam seus potes, também enchiam suas mentes de pensamentos, cada uma com seu estado de espírito. Uma era zelosa, alegre e se bendizia; a outra era descuidada, triste e se maldizia. A primeira agradecia a Deus porque, apesar de tantas dificuldades, ainda restava uma fonte para saciar a sede de sua família. A outra se lamentava achando que nada tinha para agradecer.

Diante daquele flagelo a vida e a morte estavam separados apenas pela maneira como cada uma olhava paras as adversidades. A primeira mulher via o céu azul refletido no espelho d’água; a segunda enxergava apenas o fundo cinzento do poço.

De tanto olhar, o fundo do poço começou a olhar para ela, e atraí-la. Numa manhã a outra mulher a encontrou morta.

Ela voltou para casa pensando que, diante de uma situação difícil só há duas coisas a fazer:

OU VOCÊ OLHA PARA O QUE O SALVA OU VOCÊ OLHA PARA O QUE O MATA!


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  1. Muito sabia está lição 👏👏👏👏🙏🙏🙏🙏🙏

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