Severino Ramalho, ou melhor, a prefeita D. Marta, sua ilustre consorte, foi governar Bananeiras para os bananeirenses e terminou governando uma cidade confinada entre serras e suas tradições para muito além da Borborema.
Ouço falar de Bananeiras desde que um colega de banco escolar, Pedro Germano, saiu de Alagoa Nova ou de Clodomiro Leal, ainda do tempo da palmatória, para estudar no Patronato. Ora, foi isso em 1944 ou 45, a escola agrícola de Bananeiras fazendo a cabeça dos meninos de meu tempo bem antes que soubéssemos do seu antigo fastígio político e cultural. Não foi de graça, pois, o batismo do logradouro mais expressivo da Paraíba com o nome do bananeirense Solon de Lucena. Como poderia ter sido com outro bananeirense, Walfredo Guedes Pereira, historicamente o mais notável dos nossos prefeitos.
Ouço falar de Bananeiras desde que um colega de banco escolar, Pedro Germano, saiu de Alagoa Nova ou de Clodomiro Leal, ainda do tempo da palmatória, para estudar no Patronato. Ora, foi isso em 1944 ou 45, a escola agrícola de Bananeiras fazendo a cabeça dos meninos de meu tempo bem antes que soubéssemos do seu antigo fastígio político e cultural. Não foi de graça, pois, o batismo do logradouro mais expressivo da Paraíba com o nome do bananeirense Solon de Lucena. Como poderia ter sido com outro bananeirense, Walfredo Guedes Pereira, historicamente o mais notável dos nossos prefeitos.
Por mais acanhados que comecem, eles se revelam desenvoltos em suas chances. Quando formou no grupo epitacista dos “jovens turcos”, Solon de Lucena era um professor de bom discurso, do interior. Governando a Paraíba, terminou vendo acima dele apenas Epitácio, o presidente. Sabia escolher. Até para fazer um relatório, como aconteceu com o que trataria das obras contra as secas na Paraíba e que resultou no clássico “A Paraíba e seus problemas”
Ao lado de Carlos Roberto, na PBTur, fazíamos uma força danada para ganhar uma pontinha na propaganda turística do Nordeste. Ceará e Alagoas mediam força com Pernambuco. Para o 4º Centenário da Paraíba não ganhamos uma única linha fora do circuito local. Tempos depois surpreende-nos Ana Gondim, ao lado de D. Marta, convocando o mundo urbano para as estâncias rurais de Bananeiras. Além de desenvoltura, as boas coisas parecem afluir numa corrente ladeira abaixo para eles.
Em 1941, os dez que fundaram a Academia começaram sem Oscar de Castro. Foi um penar, sem ter onde reunir, mesmo composta dos nomes mais expressivos da nossa cultura. Entra Oscar de Castro e, com aquele limo fértil dos antigos cafezais de Bananeiras, enjeita uma casa por achar pequena e, no lugar mais nobre e das mais sagradas vizinhanças instala a Academia. O prédio é do mais rude calcário, mas o entorno é sagrado.
Decorridos tantos anos, lá vem uma bananeirense, sobrinha de Oscar, com uma proposta de substância essencialmente cultural para os 80 anos da entidade. Faz repercutir, ganha a parceria espontânea da Fundação Joaquim Nabuco, mas engasga nos trâmites da burocracia oficial. Com lógica maior para tudo que estuda, ensina, escreve e faz, Ângela Bezerra de Castro se viu sem lógica nem manejo para contornar esse tipo de entrave. E o resultado é este que lemos em sua mensagem de parabéns a Severino Ramalho, o seu vice: “Parabéns pela assinatura do convênio (...) que garante a sobrevivência da APL. Por ter conseguido reduzir a dívida com a Prefeitura. Por ter obtido o certificado (...) que garante o recebimento da emenda de Lucas Brito. E pelos recursos obtidos através de Efraim, que irão evitar o desmoronamento da nossa sede. São conquistas de tanta importância, que sinto muito orgulho de ter transmitido a você a presidência da APL. Meu aplauso e minha admiração.”
Ele respondeu: “Amiga, estou apenas dando continuidade aos seus projetos”.
Coisas de Bananeiras!