Às vezes sou toda ouvidos... falo isso literalmente, às vezes, gosto de esquecer os outros sentidos para ouvir os sons da vida que passam desapercebidos num falso silêncio.
Gosto de fechar os olhos e escutar, o som do vento que uiva passando pelas frestas das janelas, ao longe o barulho do motor de um carro que arranca, apurando mais o ouvido , ouço uma serenata de gatos que se acasalam. Aprofundando mais ainda o sentido, dá para ouvir o som de grilos que cricrilam, saudando a Lua no céu.
Gosto de fechar os olhos e escutar, o som do vento que uiva passando pelas frestas das janelas, ao longe o barulho do motor de um carro que arranca, apurando mais o ouvido , ouço uma serenata de gatos que se acasalam. Aprofundando mais ainda o sentido, dá para ouvir o som de grilos que cricrilam, saudando a Lua no céu.
Os sons do dia são diversos dos sons da noite. Durante o dia ouço batuques de construção, a selva de concreto crescendo em torno de nós, ouço buzinas de carros, ecos de vozrs perdidas, de quem serão? Ouço alguns pássaros que bravamente vencem o barulho da cidade e enfeitam o ar com seus trinados.
Num esforço mais profundo ouço até o bater do meu coração e também vozes dentro da minha mente, milhares delas, pensamentos que passam por mim na velocidade do piscar de olhos.
Gosto de ser “toda ouvidos”, porque assim me escuto, sondo as minhas profundezas, busco meus enigmas, minhas indagações mais profundas. O silêncio balbuciante sussurra por toda parte e eu aqui, no quarto ouço a vida pulsar, ouço o vento a gemer, ou será que ele canta? Ouço o pássaro cantar. Ouço a vida passar, ouço a minha alma falar.