Calar; apagar; esconder; desfazer; emergir; fingir, são vestimentas adquiridas, ou criadas, para ocultar, ou mesmo proteger a “essência” de brilhar, na sua totalidade e transparência.
A insegurança do “não”, lançada por outros ou por si mesmo, impede que o “verdadeiro” seja mais forte que o “cômodo”.
É mais indolor e fácil calar, e até concordar, do que retrucar, explicar e desmentir.
A insegurança do “não”, lançada por outros ou por si mesmo, impede que o “verdadeiro” seja mais forte que o “cômodo”.
É mais indolor e fácil calar, e até concordar, do que retrucar, explicar e desmentir.
Demonstras a dificuldade de estar com quem te conhece, e te enxergas como realmente és, pois começa ser difícil disfarçar e, principalmente, falar as inverdades como se fossem reais.
O tempo de permanência é rápido, passa a ser como parada para “embarque e desembarque”. Não é permitido ver a “bagagem” que levas. Só as “sacolas de mão” são mostradas.
O ficar por muito tempo, faz nascer a vontade do abrir-se, de ser finalmente livre, sem usar a “tornozeleira” do “parecer”. Acredita ser impossível explicar o conteúdo do que é evitado, guardado, escondido, como o “perfume” das raras e disfarçadas lágrimas; as não declaradas “dores”; as clandestinas “fraquezas cometidas”; os silêncios “tão falados”; então, melhor partir; deixar ir; não se permitir enxergar.
O diálogo começa a fugir para searas comuns, assuntos corriqueiros.
O conversar se dirige para lagos rasos, proíbe-se adentrar o profundo oceano interior.
E assim, o respeito pelas escolhas é mantido e, mesmo depois da entrega, é pronunciado o “inté”; a gente se encontra; vamos marcar.