No deserto que estamos, vejo tantos com dificuldades inúmeras para continuar.
São tantas sedes, nos impondo sofrimento e dor.
A paralisia do isolamento obrigatório, tem transformado o “tempo”, tantas vezes desejado, em verdadeiro prisioneiro da incapacidade.
A intolerância, já faz morada em nós.
A inércia, se transformou na melhor amiga.
A mente e o corpo, sentem sede do ir e vir livremente.
Sede de se deixar ser.
Sede de ter o abraço, e o afago.
Sede de se permitir sentir e ouvir, de pertinho.
Sede de se despir dos sentimentos, olhar as palavras e ouvir os olhos.
Um copo d’água, por favor!
Um copo d’água de compreensão e de amor, para matar essa sede causada pelo terror da solidão.
Um copo d’água de amizade e paciência, para matar essa sede causada pela carência da bondade.
Um copo d’água de companheirismo e cumplicidade, para matar essa sede causada pela falsidade dos usuários do oportunismo.
Um copo d’água de respeito e sinceridade, para matar essa sede causada pelos que vivem na mediocridade, sem ter a coragem de ser o que é , de mostrar o quê realmente sente, para não perder benefícios recebidos.
Um copo d’água de serenidade e sabedoria, para matar essa sede causada pela obscuridade da fantasmagoria.
Um copo d’água de afeto e gentileza, para matar essa sede causada pela crueza do afastamento.
Um copo d’água, por favor!
setembro 10, 2021
No deserto que estamos, vejo tantos com dificuldades inúmeras para continuar. São tantas sedes, nos impondo sofrimento e dor. A ...
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