Como minha cirurgia foi adiada, vai dar para esgotar esse assunto. Desde logo digo que a brasileira Maria Lenk foi a primeira mulher sul americana a participar de uma Olimpíada (1932). Chegou a bater o recorde mundial nos 400 metros peito praticando um novo tipo de braçada. A moçada gostou e a partir dos anos 50 foi criado o estilo borboleta de nado, baseado na invenção da Maria,
que foi incorporado em todas as competições. Viva ela!
Outro destaque arretado foi Adhemar Ferreira da Silva. Não somente porque ganhou as medalhas de ouro nas Olimpíadas de 1952 e 1956 no salto triplo, bem assim era fluente em seis idiomas e chegou em Helsinque falando finlandês, conquistando o público que passou a torcer por ele. Ao final da prova ele dirigiu-se aos diversos setores das arquibancadas agradecendo o apoio. Pronto. Acabara de inventar a volta olímpica. Viva ele!
Agora a banda podre. Na Olimpíada de Los Angeles em 1932, a seleção de polo aquático brasileira enfrentou a Alemanha e perdeu de 7 a 3. “Somente” porque o Juiz dera 40 faltas em favor dos alemães e apenas 4 em nosso favor, a turma deu uma camada de pau no arbitro, sendo necessário que a polícia metesse o cassetete na moçada. O resultado foi trágico. Foram banidos daquela Olimpíada não somente eles como também os meninos da natação que nada tiveram com o fuzuê. Só 30 anos depois terminou a suspensão do polo aquático.
E agora... tan, tan, tan, tan: o grande final.
Antuérpia, 1920
Dá pra imaginar o que aconteceu, né? Pois é, os brasileiros derrotaram todo mundo, inclusive os americanos e voltaram com as medalhas de ouro, prata e bronze. Não se sabe o destino do coronel americano que emprestou as balas e as armas.