Somos diariamente impactados pelo noticiário que mostra o quanto a violência contra as mulheres tem se acentuado no Brasil. Isso está diretamente relacionado com o que chamamos de “misoginia”: desprezo e ódio contra as pessoas do gênero feminino. São agressões físicas e psicológicas, abusos sexuais, torturas, dentre outras violências que têm vitimado as mulheres em nosso país.
Esse grave problema que vivenciamos tem suscitado debates sobre os direitos e questões de valores das mulheres. Embora ainda haja muita gente que acha que os homens são melhores e mais capazes que as mulheres. Tem até quem defende salários menores para elas “porque engravidam”! Mas vem de longe esse preconceito.
O capitalismo industrial, ao se consolidar, desvalorizou a mão de obra feminina, uma vez que prevalecia o pensamento dos que ainda hoje defendem que não se deve pagar salários iguais para os homens e as mulheres. Só em 1960 que começou a nascer a discussão sobre a igualdade dos papéis sociais, as mulheres passaram a conquistar espaços antes nunca permitidos. O Movimento do feminismo liderado por Simone de Beauvoir despertou a necessidade da luta contra todas as formas de opressão que historicamente eram exercidas sobre elas. As principais bandeiras de luta levantadas foram para por um fim na violência doméstica, da cultura do estupro, pela liberdade sexual e o combate às desigualdades salariais. O empoderamento da mulher ganhou importância nos debates da esfera política. Não obstante tantos avanços, a mulher brasileira continua sendo vítima de um tratamento desigual no mercado de trabalho. Ainda hoje recebem trinta por cento a menos que os homens no desempenho dos mesmos cargos.