Tempo atrás, antes da pandemia, o Brasil reencontrava a figura impressionante da paraibana Zezita de Matos, via Rede Globo de Televisão. Pilarense de quatro costados, ela encarnava personagem de destaque de mais uma novela, produto nacional de larga exportação porquanto aceito em quase todos continentes.
Zezita, porém, é muito mais do que uma estrela nesse gênero da dramaturgia. E é muito mais do que a dignidade pessoal, a competência e o talento há muito demonstrados nos teatros da Paraíba.
Mais do que isso tudo – o que não é pouco – Zezita é um ser humano cativante. Perguntem aos habitantes de Pilar, a pequena cidade do Baixo Vale do Rio Paraíba sob cujo céu nasceu, também, o gênio criador de José Lins do Rego.
Ao que me consta, foi ali que ela veio ao mundo. É comovente vê-la, de vez em quando, entre os seus. Abraça a todos, conhece os mais velhos pelo nome e, se abordada pelos mais novos, estes últimos sempre encantados com sua presença, quer saber de quem são filhos, ou netos. Busca, assim, pistas de antigas convivências, não raramente, nos bancos do velho grupo escolar.
É ali que ela reflete a alma pura, a essência humana inigualável. Não se permite o menor deslumbramento, qualquer sinal de afetação ante a admiração e a fama em grande escala conquistadas.
Postagem da própria Zezita dá conta do lançamento, no próximo dia 24, do longa “Noite de Alfaces”, filme que marca a estreia como diretor do roteirista Zeca Ferreira. Everaldo ali contracena com Marieta Severo.
Quando em Pilar, não consigo passar diante daquele velho sobrado sem lembrar desses dois. Ambos saíram dali para os palcos do mundo.