LUA
De tão distante eu te observo Pelas frestas da janela, Noite alta, escura a rua. Só eu desperta a te sonhar ó Lua. Quem dera pudesse cruzar A distância infinita Que há entre mim e ti Só com a velocidade do pensar. Porém estás tão distante, És apenas um sonho inalcançável, E de longe eu admiro e espreito, A tua branca nudez a me excitar. Ah! Se eu fora um navegante, Eu voaria pelos ares, Na minha nau possante, E em teus braços iria aportar. Porém não sou mais que um poeta, Que um dia ousou mirar a tua luz, Que um dia sonhou com o teu amor, E deixa que os versos reflitam os teus raios, Em nuvens de lágrimas de saudades.
De tão distante eu te observo Pelas frestas da janela, Noite alta, escura a rua. Só eu desperta a te sonhar ó Lua. Quem dera pudesse cruzar A distância infinita Que há entre mim e ti Só com a velocidade do pensar. Porém estás tão distante, És apenas um sonho inalcançável, E de longe eu admiro e espreito, A tua branca nudez a me excitar. Ah! Se eu fora um navegante, Eu voaria pelos ares, Na minha nau possante, E em teus braços iria aportar. Porém não sou mais que um poeta, Que um dia ousou mirar a tua luz, Que um dia sonhou com o teu amor, E deixa que os versos reflitam os teus raios, Em nuvens de lágrimas de saudades.
POEMA LEVE
Soprei teu nome Numa bolha de sabão E a libertei ao vento, Que voando qual pensamento, Perdeu-se na amplidão. Teu nome seguiu voando, Levando o meu coração, E a bolha explodiu no espaço, E fez do meu coração pedaços. Virou poesia o teu nome, E a rima era sempre amor, Ficou vazio o meu peito, Pois o coração desfeito, Nunca mais se emendou.
Soprei teu nome Numa bolha de sabão E a libertei ao vento, Que voando qual pensamento, Perdeu-se na amplidão. Teu nome seguiu voando, Levando o meu coração, E a bolha explodiu no espaço, E fez do meu coração pedaços. Virou poesia o teu nome, E a rima era sempre amor, Ficou vazio o meu peito, Pois o coração desfeito, Nunca mais se emendou.
PONTES
Às vezes, A vida me coloca distante Dos meus sonhos, E oceanos imensos, De tristezas, e solidões, Tentam me fazer naufragar. Às vezes, A frieza de um olhar, Congela-me a alma, E áridos desertos, De desamor, Tentam me fazer morrer. Às vezes, A saudade de um amor, Excrucia-me a alma, E abismos imensos De silêncios e lágrimas, Tentam me precipitar No solo da desesperança. O que me resta, Para não naufragar, Para não morrer, Para eu não desesperar, É construir pontes. Pontes sólidas de confiança, Para que eu não naufrague na tristeza, Pontes firmes de perdão, Para que de amor eu não morra. Pontes seguras deesperança, Para que a saudade não me abata. E com essas pontes, Atravesso os mares violentos, Transponho os mais áridos desertos, Cruzo os mais altos precipícios, E vou ao encontro da poesia, De mãos dadas com o sonho, Para, com alegria, Continuar a cantar o amor.
Às vezes, A vida me coloca distante Dos meus sonhos, E oceanos imensos, De tristezas, e solidões, Tentam me fazer naufragar. Às vezes, A frieza de um olhar, Congela-me a alma, E áridos desertos, De desamor, Tentam me fazer morrer. Às vezes, A saudade de um amor, Excrucia-me a alma, E abismos imensos De silêncios e lágrimas, Tentam me precipitar No solo da desesperança. O que me resta, Para não naufragar, Para não morrer, Para eu não desesperar, É construir pontes. Pontes sólidas de confiança, Para que eu não naufrague na tristeza, Pontes firmes de perdão, Para que de amor eu não morra. Pontes seguras deesperança, Para que a saudade não me abata. E com essas pontes, Atravesso os mares violentos, Transponho os mais áridos desertos, Cruzo os mais altos precipícios, E vou ao encontro da poesia, De mãos dadas com o sonho, Para, com alegria, Continuar a cantar o amor.
POEMA VERMELHO
Escrevi versos vermelhos, Porque há que se ir além do contemplar. Os versos são da cor do sangue, Porque às vezes a inquietude me visita. Escrevi versos vermelhos, Porque o coração pulsa forte E o pensamento revolve Sentimentos e lembranças, Que jaziam quietos, Mas tal qual lago visitado Pela correnteza, Tudo fica revirado. Para ser repensado, Analisado, digerido, E por fim esquecido. E nessa hora, O mundo fica vermelho. O verso fica vermelho, Como fogo de madeira seca. Escrevi versos vermelhos, Da cor de um Sol de crepúsculo, Que se despede do dia, E às vezes é preciso mudar, Para crescer, É preciso se soltar, E deixar que a alma caminhe Ao sabor do acaso, Como pipa sem linha, Voando ao sabor do vento. E que os ventos me levem, E me cuidem, e me elevem, E que eu, sempre que preciso, Escreva versos vermelhos, Para sentir que a Vida sempre continua.
Escrevi versos vermelhos, Porque há que se ir além do contemplar. Os versos são da cor do sangue, Porque às vezes a inquietude me visita. Escrevi versos vermelhos, Porque o coração pulsa forte E o pensamento revolve Sentimentos e lembranças, Que jaziam quietos, Mas tal qual lago visitado Pela correnteza, Tudo fica revirado. Para ser repensado, Analisado, digerido, E por fim esquecido. E nessa hora, O mundo fica vermelho. O verso fica vermelho, Como fogo de madeira seca. Escrevi versos vermelhos, Da cor de um Sol de crepúsculo, Que se despede do dia, E às vezes é preciso mudar, Para crescer, É preciso se soltar, E deixar que a alma caminhe Ao sabor do acaso, Como pipa sem linha, Voando ao sabor do vento. E que os ventos me levem, E me cuidem, e me elevem, E que eu, sempre que preciso, Escreva versos vermelhos, Para sentir que a Vida sempre continua.