Desejos
Mergulhar no talento, na missão, no que sei fazer Mergulhar na amorosidade e na entrega Nadar na direção da vida que pulsa e que se refaz Ao mesmo tempo, saber que sou um peixe capaz de olhar em toda direção Estar atenta, ciente que no mergulho não estou só Perceber, saber ver, saber nadar Há peixes de diferentes qualidades na água caudalosa do rio Existem peixes que sobrevivem comendo peixes. Voar, voar alto com toda expansão da minha alma Voar reverberando o amor que até o momento aprendi Seguir na direção da vida que pulsa e se refaz Ao mesmo tempo, saber que como uma águia posso ter um foco Saber buscar, saber escolher, saber voar Há aves de diferentes espécies desafiando os ventos, eu não estou só E posso aprender a seguir o vento e a parar Me recolher no momento certo de trocar as penas Dançar no prazer, no anseio de ser o que sou Dançar sobre a copa das árvores dando volta ao mundo Ao mesmo tempo cravar os pés no chão em busca de equilíbrio e firmeza Para que o resto do corpo possa seguir a natureza da alma Há diferentes formas de dançar, diferente ritmos e parceiros Buscar acompanhar, me deixar levar, saber dançar Crescer para o centro da terra e enxergar acima do céu Sendo um homem, uma mulher Sendo um peixe, uma águia Sendo o que sou. Eu vou. Rios e desertos
os rios que correm no meu corpo estão secando evaporando pelos poros pelos olhos pela vagina levando e trazendo os anos o tempo minha pele de menina a força dos ossos que me cobram esforços ao nascer do dia e se organizam eretos ignorando o lamento das juntas, que juntas cantam em vão o lamento do tempo leve e úmido no deserto de mim mesma aprendo a aceitar que o rio corre sem parar para algum lugar que não é aqui onde busco vida na larva do vulcão na energia contida no fogo da entrega nas cores das flores secas como eu que ensaiam beleza delicadeza no deserto fora de mim vejo a relação a comparação a importância de seguir sem pressa sem fim pro caminho que me leva pra dentro de mim.
Mergulhar no talento, na missão, no que sei fazer Mergulhar na amorosidade e na entrega Nadar na direção da vida que pulsa e que se refaz Ao mesmo tempo, saber que sou um peixe capaz de olhar em toda direção Estar atenta, ciente que no mergulho não estou só Perceber, saber ver, saber nadar Há peixes de diferentes qualidades na água caudalosa do rio Existem peixes que sobrevivem comendo peixes. Voar, voar alto com toda expansão da minha alma Voar reverberando o amor que até o momento aprendi Seguir na direção da vida que pulsa e se refaz Ao mesmo tempo, saber que como uma águia posso ter um foco Saber buscar, saber escolher, saber voar Há aves de diferentes espécies desafiando os ventos, eu não estou só E posso aprender a seguir o vento e a parar Me recolher no momento certo de trocar as penas Dançar no prazer, no anseio de ser o que sou Dançar sobre a copa das árvores dando volta ao mundo Ao mesmo tempo cravar os pés no chão em busca de equilíbrio e firmeza Para que o resto do corpo possa seguir a natureza da alma Há diferentes formas de dançar, diferente ritmos e parceiros Buscar acompanhar, me deixar levar, saber dançar Crescer para o centro da terra e enxergar acima do céu Sendo um homem, uma mulher Sendo um peixe, uma águia Sendo o que sou. Eu vou. Rios e desertos
os rios que correm no meu corpo estão secando evaporando pelos poros pelos olhos pela vagina levando e trazendo os anos o tempo minha pele de menina a força dos ossos que me cobram esforços ao nascer do dia e se organizam eretos ignorando o lamento das juntas, que juntas cantam em vão o lamento do tempo leve e úmido no deserto de mim mesma aprendo a aceitar que o rio corre sem parar para algum lugar que não é aqui onde busco vida na larva do vulcão na energia contida no fogo da entrega nas cores das flores secas como eu que ensaiam beleza delicadeza no deserto fora de mim vejo a relação a comparação a importância de seguir sem pressa sem fim pro caminho que me leva pra dentro de mim.