Originado do sânscrito e que significa “professor”, o termo guru tornou-se popularmente a qualificação de alguém ,com extraordinária sabedoria, a quem recorremos em busca de orientação, conselhos, aprendizado. Geralmente é uma pessoa tida como referência para a nossa vida. Encontramos nele o exemplo em muita coisa que pretendemos ser ou fazer.
No entanto, quando nos emancipamos e saímos da convivência familiar, naturalmente elegemos pessoas a quem devotamos essa reverência até então direcionada exclusivamente para nosso pai. E a esses costumamos chamar de gurus.
Nos idos da década de setenta, quando servidor do Banco do Estado da Paraíba, encontrei alguém a quem poderia classificar como “meu guru”. Tratava-se de um homem sábio, dono de uma impressionante cultura geral. Discutia com conhecimento de causa qualquer assunto que se dispusesse a debater. Vivia antenado com o mundo. Não havia um “best seller” lançado que ele não adquirisse e lesse, assim que chegasse às livrarias. Fiz leitura, por empréstimo dele, de muitos desses livros. Ele era um decano da advocacia paraibana. Figura respeitadíssima em qualquer ambiente que se encontrasse.
Estou falando de Doutor Vamberto Costa. Ao longo da minha existência, conheci poucos homens tão sábios quanto ele. Aprendi muito nas inúmeras oportunidades em que pude usufruir da sua companhia. Nesse resgate da memória, não poderia deixar de registrar a minha admiração, o meu respeito, e a minha homenagem, a quem devo muito do que sou hoje. Minha formação cultural e moral, recebeu forte influência dos seus ensinamentos.