Aleatoriamente encontro na internet uma foto em que um carro está parado diante da faixa de pedestres, esperando que uma família de patinhos atravessem a rua.
Sou apaixonada por fotografia, e aquela foto me toma de ternura e simpatia. Acho singela a foto. Observo e penso na atitude e sensibilidade da pessoa que estava dirigindo e gentilmente parou o seu carro para a passagem dos pequenos.
Sou apaixonada por fotografia, e aquela foto me toma de ternura e simpatia. Acho singela a foto. Observo e penso na atitude e sensibilidade da pessoa que estava dirigindo e gentilmente parou o seu carro para a passagem dos pequenos.
A “Gentileza” é um ensinamento que se dá através do exemplo; da atitude. Encontrar satisfação para sermos gentis. Eu diria que uma pessoa grata é uma pessoa gentil. Nas aulas de yoga, logo após a meditação era práxis cantarmos um mantra. A nossa professora era incansável em nos dizer que também uma saudação de ‘bom dia”, desejar ‘boa sorte” a uma pessoa, se caracteriza por um mantra e portanto, uma gentileza também.
É notório que aonde quer que vamos, criamos uma expectativa de alguém usar para conosco de “gentileza”, para depois então respondermos de forma similar. Gera valor à vida pessoal. Você cria em torno de si (em casa, no trabalho ou na rua) um estímulo positivo a todos que se beneficiam com sua atitude. Você se torna um ponto de referência.
A verdadeira gentileza é sem protocolos; é uma manifestação de fraternidade; de enxergarmos o outro como pessoa que merece nossa atenção, independentemente de qualquer pensamento que nos ocorra. Nossa consciência floresce com atitudes gentis. Suporta o atrito de convivência e nos move da inércia. Brota em nosso coração atender ao outro, a partir de uma necessidade inesperada. Pensamentos egoístas e hábitos desprovidos de educação não constituem proceder admirável.
Ela habita nas formalidades sociais através de um reconhecimento de gratidão, como por exemplo: presentear uma pessoa querida com um bouquet de rosas, acompanhado de um bilhete cordial, ou quando ligamos para um amigo para saber dele.
Uma visão seletiva das nossas necessidades é um traço de egoísmo e os atritos de convivência não conjugam com a naturalidade da gentileza. Se percebemos a necessidade do outro, iremos desenvolver e aflorar empatia e gratidão.
Não é genuína quando imbuída de segundas intenções. Não é legítima para quem nos é atencioso visando algo em troca.
Constitui um exercício permanente de forma que quando percebemos, começamos a enxergar o próximo à nossa volta como um ser humano igual a nós, com todas as virtudes e problemas. É muito gratificante ajudar alguém em um momento de necessidade; ter algo certo para dizer na hora certa; sabermos nos mostrar observadores perspicazes em uma circunstância difícil.
Carecemos entender quem é destituído de gentileza, e, através do nosso exemplo, contribuirmos para a melhoria de todos de uma maneira geral; É nobreza de caráter conseguir enxergar o ser humano com respeito. Há gestos de gentileza que nos são concedidos de forma tão marcantes que jamais esquecemos. Permanecem a marca e a satisfação em nosso coração.
Um pouquinho só de gentileza não faz mal a ninguém e é sempre bem-vindo. É essência! Abrir o coração à gentileza cria um vínculo original e sutil. E a espontaneidade do gesto é muitíssimo salutar.
Gentileza
(Estevam Matiazzi)
O que faz a beleza
É a sua leveza...
O que faz a leveza
É sua sutileza...
O que faz a sutileza
É sua singeleza...
O que faz sua nobreza
É a sua riqueza...
O que faz a sua riqueza
É a sua fraqueza...
O que faz a sua fraqueza...
É a sua delicadeza...
Que faz a sua fortaleza
É a sua fortaleza...
Que faz a natureza
O que faz a natureza...
É a sua beleza...
Humanamente a beleza
Está na gentileza...
Ser gentil é belamente
Ser gente...