LUZ
De onde vem essa música Que ouço tão distante? Bem-te-vis alegres gritam para os céus: Bem-te-vi! Bem-te-vi! Eu sorrio e penso: Um dia eu te amei... Nunca te vi! O vento sopra no meu rosto, E o cheiro do mar me encanta. Vontade de ir ao mar, Caminhar sobre a areia, Ver o quebrar das ondas E deixar que sua espuma branca Me envolva Salpicando meus lábios de sal. Sal na pele, Beijo salgado de mar, Esse, nunca irás beijar... Pelo menos não na minha boca. Mas há outros motivos Para sonhar, E continuar a caminhar. Eu olho para o céu infinitamente azul E as mansas nuvens se desmancham Ao sopro do vento. Meus sonhos também. Mas há outros sonhos. Leves, livres, cheios de luz, Eu sonho com a luz . A luz do Sol que me doura a pele, A luz da Lua que me prateia o tempo, A luz, que brilha e realça meu sentimento. Somente a luz e me sinto em paz. FEVEREIRO
E que fevereiro caia sobre nós Com a força do verão, Com céus azuis de nuvens preguiçosas, Trazendo as chuvas de estação. E que fevereiro derrame-se no tempo E que eu sinta nos teus lábios o gosto Das frutas da estação: manga rosa, Manga espada, mangaba, sabor de verão. E que fevereiro seja farto de versos, Que o amor seja pleno, Não seja romance de carnaval. E que fevereiro termine por sair Da folha do calendário, E cheguem as águas de março , afinal. CALMARIA
Ando assim, Meio quietude, Meio silêncio, Meio no ar.... Ando assim, Como se não navegasse, Como se não sentisse, Deixando o vento me levar... Talvez espere Que o Sol nasça, Que a neve derreta, Que a primavera floresça. Ando assim, A hibernar, Em morno tempo, Em mares de calmaria. Talvez, tal qual a serpente, Eu apenas esteja a mudar de pele, Talvez eu renasça, Talvez eu morra... E tudo o que eu espero É que a paixão me arrebate, Que a primavera me acorde, E o verso vibre vivo. Para que eu não morra, Para que eu vire vento, E que a poesia sopre por todos os poros, Para que eu volte a sonhar. CARNAVAL
Era somente eu e o bloco, Cortejo inusitado, De papangus e palhaços, Colombinas e pierrôs! E o frevo quebrando o calor da tarde, Descendo as ladeiras da velha cidade. Carnaval, carnevale, Tudo vale? Vale sonhar com a fantasia? Vale um amor de três dias, Amor de carnaval é qual Chuva tropical. E segue o bloco do eu sozinho, Segue o batuque, o frevo, o maracatu, E no meio da massa estavas tu. E vestindo máscara negra eu te sorri, No meio da folia te achei, No frevo canção te perdi. ESPERO-TE
Espero-te de manhã, Como a pequena flor Espera pelo orvalho matutino. E a manhã passa pela janela do tempo, No eterno caminhar dos ponteiros Do relógio. Espero-te ao meio-dia, E o Sol sob as nuvens Projetam sombras de saudades, E a tarde começa, Com esperanças mornas. Espero-te ao pôr-do-sol, E o vermelho do céu de ocaso, Alonga o meu olhar ao horizonte, E te procuro em rostos anônimos, Na dor da saudade constante. Espero-te na noite escura, E olhando para o céu, conto as estrelas, Em cada uma delas te procuro. Em cada uma delas ponho o teu rosto, E um recado, um aviso: Onde estás, meu amor? Escondido em que paraíso? CHEGANDO AO CORAÇÃO DE ALGUÉM
Não tente entrar sem convite, Para adentrar é preciso senha, Não venha cheio de exigências, Caminhe com cuidado, Apenas, venha... Não queira ser o dono do lugar, Não queira mudar o que lá está. Sutilmente acomode-se onde Onde o dono lhe colocar. Não traga bagagens pesadas, Difíceis de organizar. Traga leveza, carinho , Que combinam com qualquer lugar. Não chegue se sentindo em casa, Não se espalhe em demasia, Chegue com delicadeza, Para permanecer com alegria. Ao chegar ao coração de alguém, Faça-o com amor e respeito, Coração é terra nobre e sagrada, Não traga dor e tristeza, Transigir o amor não é direito.
De onde vem essa música Que ouço tão distante? Bem-te-vis alegres gritam para os céus: Bem-te-vi! Bem-te-vi! Eu sorrio e penso: Um dia eu te amei... Nunca te vi! O vento sopra no meu rosto, E o cheiro do mar me encanta. Vontade de ir ao mar, Caminhar sobre a areia, Ver o quebrar das ondas E deixar que sua espuma branca Me envolva Salpicando meus lábios de sal. Sal na pele, Beijo salgado de mar, Esse, nunca irás beijar... Pelo menos não na minha boca. Mas há outros motivos Para sonhar, E continuar a caminhar. Eu olho para o céu infinitamente azul E as mansas nuvens se desmancham Ao sopro do vento. Meus sonhos também. Mas há outros sonhos. Leves, livres, cheios de luz, Eu sonho com a luz . A luz do Sol que me doura a pele, A luz da Lua que me prateia o tempo, A luz, que brilha e realça meu sentimento. Somente a luz e me sinto em paz. FEVEREIRO
E que fevereiro caia sobre nós Com a força do verão, Com céus azuis de nuvens preguiçosas, Trazendo as chuvas de estação. E que fevereiro derrame-se no tempo E que eu sinta nos teus lábios o gosto Das frutas da estação: manga rosa, Manga espada, mangaba, sabor de verão. E que fevereiro seja farto de versos, Que o amor seja pleno, Não seja romance de carnaval. E que fevereiro termine por sair Da folha do calendário, E cheguem as águas de março , afinal. CALMARIA
Ando assim, Meio quietude, Meio silêncio, Meio no ar.... Ando assim, Como se não navegasse, Como se não sentisse, Deixando o vento me levar... Talvez espere Que o Sol nasça, Que a neve derreta, Que a primavera floresça. Ando assim, A hibernar, Em morno tempo, Em mares de calmaria. Talvez, tal qual a serpente, Eu apenas esteja a mudar de pele, Talvez eu renasça, Talvez eu morra... E tudo o que eu espero É que a paixão me arrebate, Que a primavera me acorde, E o verso vibre vivo. Para que eu não morra, Para que eu vire vento, E que a poesia sopre por todos os poros, Para que eu volte a sonhar. CARNAVAL
Era somente eu e o bloco, Cortejo inusitado, De papangus e palhaços, Colombinas e pierrôs! E o frevo quebrando o calor da tarde, Descendo as ladeiras da velha cidade. Carnaval, carnevale, Tudo vale? Vale sonhar com a fantasia? Vale um amor de três dias, Amor de carnaval é qual Chuva tropical. E segue o bloco do eu sozinho, Segue o batuque, o frevo, o maracatu, E no meio da massa estavas tu. E vestindo máscara negra eu te sorri, No meio da folia te achei, No frevo canção te perdi. ESPERO-TE
Espero-te de manhã, Como a pequena flor Espera pelo orvalho matutino. E a manhã passa pela janela do tempo, No eterno caminhar dos ponteiros Do relógio. Espero-te ao meio-dia, E o Sol sob as nuvens Projetam sombras de saudades, E a tarde começa, Com esperanças mornas. Espero-te ao pôr-do-sol, E o vermelho do céu de ocaso, Alonga o meu olhar ao horizonte, E te procuro em rostos anônimos, Na dor da saudade constante. Espero-te na noite escura, E olhando para o céu, conto as estrelas, Em cada uma delas te procuro. Em cada uma delas ponho o teu rosto, E um recado, um aviso: Onde estás, meu amor? Escondido em que paraíso? CHEGANDO AO CORAÇÃO DE ALGUÉM
Não tente entrar sem convite, Para adentrar é preciso senha, Não venha cheio de exigências, Caminhe com cuidado, Apenas, venha... Não queira ser o dono do lugar, Não queira mudar o que lá está. Sutilmente acomode-se onde Onde o dono lhe colocar. Não traga bagagens pesadas, Difíceis de organizar. Traga leveza, carinho , Que combinam com qualquer lugar. Não chegue se sentindo em casa, Não se espalhe em demasia, Chegue com delicadeza, Para permanecer com alegria. Ao chegar ao coração de alguém, Faça-o com amor e respeito, Coração é terra nobre e sagrada, Não traga dor e tristeza, Transigir o amor não é direito.