Ainda
Desde o primeiro instante em nos encontramos Das ondas de prazer aos rios de amargura Muito tempo se escoou, um século talvez... Pois o tempo no amor é diferente Porém, quanto mais penso Mais reencontro em mim secretamente Os delicados perfumes, a mágica ternura O milagre da beleza Desses momentos de ser. Imagens ainda nítidas de um álbum misterioso Que se oferece aos ventos que sopram As mais belas lembranças. Antes da neve
Sobretudo é preciso Dizer muito obrigada e recolher em festa Os poucos raios louros que ainda restam. É preciso deixar-me Invadir de calor, esse calor vasto vento A embalar esperança, Flutuante em coração de mar, Talvez num barco Chamado sonho. Delírio
Ficou no olhar Siderado o flagrante Do alvo impossível A um passo da mão. Bailou na festa Que a alma inventou Num ínfimo instante E a vida não. Marcou lá dentro E escapou dançante O sonho suspenso Abismo e canção. Despedida
Hoje, quando o sol se puser, bem de tardinha E de novo amanhã, quando nascer Onde estarás? Contemplarei a forma que te guardava Agora, então vazia De tudo que te inspirava e te movia De tua essência, teu verdadeiro ser, Pela última vez. Na fria madrugada, como estrela silente Com uma frase partida Interrompendo o refrão da canção mais dolorida Teu sopro se evolou. Tenho medo do meu coração Apanhado no mistério dessa travessia Atônito, impotente. Contemplo-te paralisada Outra vez à porta de uma ordem transcendente Sem chave, sem consolo, sem nada. Marés
De repente, o medo invade tudo: A paisagem, a conversa Minha reflexão. Nenhum pássaro voa na grande tela azul! Borboleta nenhuma Nada! Nada! Só um resto de vida em estertores Num formidável esforço para resistir. Fazendo-se afronta em vez de oferta Com abraços de tormentas e beijos de marés. Marés... Tenho medo! Tenho medo de não ter Do que ainda ter medo.
Desde o primeiro instante em nos encontramos Das ondas de prazer aos rios de amargura Muito tempo se escoou, um século talvez... Pois o tempo no amor é diferente Porém, quanto mais penso Mais reencontro em mim secretamente Os delicados perfumes, a mágica ternura O milagre da beleza Desses momentos de ser. Imagens ainda nítidas de um álbum misterioso Que se oferece aos ventos que sopram As mais belas lembranças. Antes da neve
Sobretudo é preciso Dizer muito obrigada e recolher em festa Os poucos raios louros que ainda restam. É preciso deixar-me Invadir de calor, esse calor vasto vento A embalar esperança, Flutuante em coração de mar, Talvez num barco Chamado sonho. Delírio
Ficou no olhar Siderado o flagrante Do alvo impossível A um passo da mão. Bailou na festa Que a alma inventou Num ínfimo instante E a vida não. Marcou lá dentro E escapou dançante O sonho suspenso Abismo e canção. Despedida
Hoje, quando o sol se puser, bem de tardinha E de novo amanhã, quando nascer Onde estarás? Contemplarei a forma que te guardava Agora, então vazia De tudo que te inspirava e te movia De tua essência, teu verdadeiro ser, Pela última vez. Na fria madrugada, como estrela silente Com uma frase partida Interrompendo o refrão da canção mais dolorida Teu sopro se evolou. Tenho medo do meu coração Apanhado no mistério dessa travessia Atônito, impotente. Contemplo-te paralisada Outra vez à porta de uma ordem transcendente Sem chave, sem consolo, sem nada. Marés
De repente, o medo invade tudo: A paisagem, a conversa Minha reflexão. Nenhum pássaro voa na grande tela azul! Borboleta nenhuma Nada! Nada! Só um resto de vida em estertores Num formidável esforço para resistir. Fazendo-se afronta em vez de oferta Com abraços de tormentas e beijos de marés. Marés... Tenho medo! Tenho medo de não ter Do que ainda ter medo.