Estávamos participando de um seminário de Yoga com o ilustre professor Hermógenes, quando escutei sua explanação sobre doença psicossomática. Ele nos explicou que se tratava de uma patologia cuja origem encontrava-se nos conflitos da mente (psique) e que reverberava no corpo (soma). Citou vários exemplos de pessoas que o procuravam, com um nível de ansiedade tal, de medo, de ressentimentos, de culpas, que os seus órgãos físicos gritavam em busca de ajuda.
Chamou minha atenção em um artigo que li sobre saúde do idoso escrito por uma Médica Geriatra a frase “Quando tudo dói a dor não é Física”. De fato, quando não identificamos a origem concreta do que está ocasionando o desconforto físico ou psicológico, certamente a dor é na alma. Daí, tantos diagnósticos que não esclarecem os motivos das dores e das angústias, pois os aparelhos por mais tecnológicos e avançados que sejam não penetram no âmago do ser. Quando nos deparamos com questões dessa natureza, o caminho para desvendá-las começa com a seguinte indagação: O que está realmente acontecendo comigo? Pelas respostas é possível detectar-se as verdadeiras causas, algumas delas podem está associadas a perdas, medos, angústias, ansiedades, ressentimentos, culpas, etc.
De fato, as premissas que afirmam que toda dor é real, toda dor é tratável, todo corpo deve ser templo e toda alma deve ser leve, poderemos encontrar apoio terapêutico baseado no Evangelho de Jesus, o maior terapeuta transpessoal da humanidade. Sua abordagem é do acolhimento: “Vinde a Mim todos vós que estás cansados e sobrecarregados que eu vos aliviarei” (Mateus 11:28-30). O chamamento para o Alívio não é uma transferência das nossas responsabilidades e sim, para receber o Bálsamo Revigorante a fim de prosseguir suportando e sobrepondo as causas dos sofrimentos internos. O alivio se consubstancia com a oração fervorosa, o autoconhecimento e a transformação moral para melhor.
Sobre a oração, uma das mais significativas para nosso fortalecimento é a utilizada nos grupos de autoajuda intitulada, Oração da Serenidade, que apresenta três grandes instrumentos para superação das dificuldades: “Deus, concedei-me, serenidade para aceitar as coisas que eu não posso modificar; Coragem para modificar as coisas que posso e Sabedoria para saber a diferença”.
A benfeitora espiritual, Joanna de Angelis, nos propõe continuadamente nas suas obras da série psicológica, termos uma noção de quem na verdade nós somos e qual o significado da vida. Na proposta do Autodescobrimento, segundo o Livro dos Espíritos na questão 919, o professor Allan Kardec indaga aos imortais: Qual o meio prático mais eficaz, para transformar-se moralmente e não ser arrastado pelo mal? Conhece-te a ti mesmo, portanto, é pelo esforço sincero e perseverante em fazer o bem, no pensar bem e no querer o bem, que iremos nos transformando para melhor, vencendo os conflitos internos e conquistando a saúde emocional para uma vida feliz.