O egoísmo que excede limites é um distúrbio de atitudes que altera a personalidade. É quando se manifesta de forma que o indivíduo não mede esforços para conseguir o que quer, mesmo em detrimento de outros. As pessoas que assim se comportam são frias, sem sentimento, sedutoras. Nunca apresentam remorsos ou se sentem culpadas pelo mal que possam ter causado a alguém. Mas conseguem disfarçar seu “lado negro”.
No mundo atual os audaciosos se acham melhores do que os outros em qualquer situação em que estejam. Entendem que tudo acontece na dependência dos seus conhecimentos e interesses. Muitos dos detentores do poder confundem autonomia com absolutismo, ignorando as demandas sociais que contrariam seus objetivos pessoais.
Estamos vivendo uma onda de egoísmo que mata as relações sociais. É perceptível o quanto tem aumentado o número de pessoas que têm dificuldade de amar e que se colocam em flagrante desrespeito ao próximo. Gente que só consegue olhar para o próprio umbigo. O egocentrismo é característica forte na forma de viverem.
A cultura do egoísmo tem se evidenciado na modernidade, desprezando o tão necessário sentimento de comunidade. Cada vez mais os indivíduos se voltam para si mesmos. Lamentavelmente está prevalecendo a compreensão do “cada um por si e Deus por todos”. Há uma preponderância do encantamento pelo privado, sem a preocupação com o bem estar coletivo. A sociedade capitalista estimula o sórdido egoísmo burguês. Esse pode ser considerado o mal do século, que tem dificultado a coexistência humana em todos os níveis. Um paradigma imediatista que marca a atualidade.