Até a primeira letra
A incapacidade das palavras rabiscadas muitas vezes apagadas outras tantas em folhas virtuais talvez sinta falta da caneta da colisão ponta e papel da fricção com cheiro de tinta que traga os conceitos certos... e incertos ou será transferência de culpa que oculta a razão e a paixão? falta explosão na página aberta que inunde os espaços ocos e o vazio persiste e dita onde deveria haver tudo o deserto do branco mudo grita silêncio até a primeira letra Mergulho
Quero colecionar retratos ver cor no preto e branco detalhes sem precisão Enxergar de olhos fechados pulsar como sorriso afiado machado no coração Ir além da linha de ouro que divide e une o mundo em águas, sóis, escuridão Rever um filme antigo de impossíveis e improváveis efeitos roteiro real em ficção Quero o mergulho profundo salto na carne, da pedra do alto descobrir anteparo nos olhos sãos Mar de pedras
Era mar de pedras que mirava a água trincheira armada pelo homem máquina e na maré eclodia, alta choque de forças em batalha De quem é a vitória? morrerão na praia? mar que movimenta arrasta as barricadas improvável esperança proibir a mão da onda que abraça Pescaria
Anzol jogado em mar de paisagens isca que arma ilhas, fixa dias, limites e captura por lentes rostos, vazios, olhares pescaria de letras em pequenas construções Do leito a água por paragens febris dorme fisga o carretel de sorrisos esmos em faces quentes delírios vistos das profundezas e das margens certezas apenas do olho no olho, do tête a tête E a correnteza segue vazante para 'aléns' arrasta o rio em desaguar de ir-se constante já não é o único pego por uma linha, é arrasto de rede sem volta, sem exceções
A incapacidade das palavras rabiscadas muitas vezes apagadas outras tantas em folhas virtuais talvez sinta falta da caneta da colisão ponta e papel da fricção com cheiro de tinta que traga os conceitos certos... e incertos ou será transferência de culpa que oculta a razão e a paixão? falta explosão na página aberta que inunde os espaços ocos e o vazio persiste e dita onde deveria haver tudo o deserto do branco mudo grita silêncio até a primeira letra Mergulho
Quero colecionar retratos ver cor no preto e branco detalhes sem precisão Enxergar de olhos fechados pulsar como sorriso afiado machado no coração Ir além da linha de ouro que divide e une o mundo em águas, sóis, escuridão Rever um filme antigo de impossíveis e improváveis efeitos roteiro real em ficção Quero o mergulho profundo salto na carne, da pedra do alto descobrir anteparo nos olhos sãos Mar de pedras
Era mar de pedras que mirava a água trincheira armada pelo homem máquina e na maré eclodia, alta choque de forças em batalha De quem é a vitória? morrerão na praia? mar que movimenta arrasta as barricadas improvável esperança proibir a mão da onda que abraça Pescaria
Anzol jogado em mar de paisagens isca que arma ilhas, fixa dias, limites e captura por lentes rostos, vazios, olhares pescaria de letras em pequenas construções Do leito a água por paragens febris dorme fisga o carretel de sorrisos esmos em faces quentes delírios vistos das profundezas e das margens certezas apenas do olho no olho, do tête a tête E a correnteza segue vazante para 'aléns' arrasta o rio em desaguar de ir-se constante já não é o único pego por uma linha, é arrasto de rede sem volta, sem exceções
Clóvis Roberto é jornalista e cronista