Amo ter sido uma garotinha de laço de fita no cabelo e segredos na caixinha, como a da relíquia que vi conservada por minha mãe, num antigo álbum de fotografias.
Uma redescoberta do ontem, durante visita à irmã querida e guardiã das nossas memórias afetivas. Zoya vem atuando, com maestria, como a aglutinadora do bem-querer da família Maia Duarte.
Como um vento suave, uma brisa gostosa, mamãe permanece entre nós, espalhando sorrisos e um amor imenso e indestrutível.
Ao folhear aquelas fotos em preto & branco, lembrei do carinho com que penteava meus cabelos... Fazia um rabo de cavalo e amarrava com laços coloridos...
Mamãe me deixava assim, a sua menina, a caçulinha tão amada dela e de papai, tão lindinha...
Ah, passado que me traz tanta saudade! Passado que tem nome, endereço e um gosto intenso e pleno.
Nos caminhos que se seguem, faço a minha trilha, me permitindo um presente sempre melhor e mantendo a esperança e a fé no futuro.
Numa oração ao tempo, ele me traz uma certeza: sempre luto por aquilo que acredito; muitos daqueles sonhos foram realizados ou renovados, mas sempre bem conservados numa caixinha.
Era feliz na época de garotinha!
E, mesmo quando algumas nuvens aparecem, nunca abro mão de uma tal felicidade!!!
Thamara Duarte é mestre em direitos humanos, ambientalista, e jornalista