Incluindo neste ano sabático, por imposição do destino, vários hábitos cotidianos no esforço de me adaptar a nova fase; Me refiro aos momentos de incertezas, de angústias, que pude constatar. Vi toda a vulnerabilidade a que estamos expostos e impostos. Um desses hábitos foi a leitura de todas as cartas do Apóstolo Paulo. Me detive a estuda-las como se fosse um trabalho que um professor me tivesse solilcitado.
O Apóstolo Paulo foi um dos maiores divulgadores da fé Cristã, do amor e da humildade. Por causa desta missão, sofreu toda forma de adversidades, maldades e provocações. Todas as cartas de Paulo são de uma extrema beleza. Inigualáveis e comoventes. Não poderia fazer nenhuma menção específica as cartas de Paulo, dada a grande importância e conteúdo presente em todas elas. Contudo, destacaria dois conselhos que nos foi dado pelo Apóstolo a nós Cristãos; Ambos conselhos, estão presentes na carta de Paulo aos Coríntios:
“ Quando dais prova da tua humanidade, quando diante de vós, surgir o mal, é porque Deus quer que a vossa solicitude se faça presente para o teu próximo.” Iluminou-me este conselho. Essas palavras me despertaram para que eu saísse do meu egoísmo e me lembrasse de praticar o meu lado humano, para o meu próximo, esquecendo um pouco o difícil momento.
Um outro conselho que me fez refletir bastante, além das nuances que se seguem. Afirma o Apóstolo Paulo: “ Tudo vos é permitido, mas nem tudo vos convem.” Esse ensinamento de Paulo nos convida a refletirmos, ponderarmos, até onde os nossos anseios, desejos, objetivos, devem prosseguir. Quando existe um desejo nosso, um projeto muito ansiado, em execução e que porventura algo acontece em detrimento deles, nos é lícito, reavaliarmos, até onde nos levará. Repensar uma atitude é muito inteligente, a partir do momento em que aceitamos essa mudança. A aceitação é libertadora porque acende em nós a “humildade”.
Minha costumaz curiosidade, me levou a pensar como teria sido a vida de Paulo antes de ter se tornado Apóstolo. E foi no livro “Saulo e Estevão” que encontrei as respostas para as minhas perguntas; Paulo era um Doutor da Lei, título dado aos Fariseus que se faziam importantes. Nesse tempo, não por acaso, a religião Cristã se expandia em demasia, enfurecendo com isso, os Fariseus. Eles seguiam a Lei Mosaica, “Do olho por olho, dente por dente”. Ao ser enfrentado no Sinédrio por Estevão, Paulo se enfureceu a tal ponto de executar Esgtevão à pedradas.
Quando a caminho de Damasco, em pleno deserto, Paulo presenciou um forte clarão, tão intenso de luminosidade que o ofuscou e o cegou por 3 dias seguidos. Neste mesmo instante a voz Divina o inqueriu: “Saulo, por que me persegues? Quando persegues aos meus, é a mim que estás a perseguir”. Segundo o que li, essa cegueira momentânea de Paulo, foi o caminho abençoado para que Paulo olhasse para dentro de si mesmo. Que refletisse e que fosse sendo preparado por Deus para o Divino Caminho que se seguiria, após o evento. A intensidade e profundidade humana encontrado em as todas as cartas de Paulo são comoventes e de uma importância singular para todos nós humanos.
Amor e grão semeado, colham sempre!
Verônica Maria Farias é graduada em ciências econômicas