Incluindo neste ano sabático, por imposição do destino, vários hábitos cotidianos no esforço de me adaptar a nova fase; Me refiro aos momentos de incertezas, de angústias, que pude constatar. Vi toda a vulnerabilidade a que estamos expostos e impostos. Um desses hábitos foi a leitura de todas as cartas do Apóstolo Paulo. Me detive a estuda-las como se fosse um trabalho que um professor me tivesse solilcitado.

“ Quando dais prova da tua humanidade, quando diante de vós, surgir o mal, é porque Deus quer que a vossa solicitude se faça presente para o teu próximo.” Iluminou-me este conselho. Essas palavras me despertaram para que eu saísse do meu egoísmo e me lembrasse de praticar o meu lado humano, para o meu próximo, esquecendo um pouco o difícil momento.
Um outro conselho que me fez refletir bastante, além das nuances que se seguem. Afirma o Apóstolo Paulo: “ Tudo vos é permitido, mas nem tudo vos convem.” Esse ensinamento de Paulo nos convida a refletirmos, ponderarmos, até onde os nossos anseios, desejos, objetivos, devem prosseguir. Quando existe um desejo nosso, um projeto muito ansiado, em execução e que porventura algo acontece em detrimento deles, nos é lícito, reavaliarmos, até onde nos levará. Repensar uma atitude é muito inteligente, a partir do momento em que aceitamos essa mudança. A aceitação é libertadora porque acende em nós a “humildade”.

Quando a caminho de Damasco, em pleno deserto, Paulo presenciou um forte clarão, tão intenso de luminosidade que o ofuscou e o cegou por 3 dias seguidos. Neste mesmo instante a voz Divina o inqueriu: “Saulo, por que me persegues? Quando persegues aos meus, é a mim que estás a perseguir”. Segundo o que li, essa cegueira momentânea de Paulo, foi o caminho abençoado para que Paulo olhasse para dentro de si mesmo. Que refletisse e que fosse sendo preparado por Deus para o Divino Caminho que se seguiria, após o evento. A intensidade e profundidade humana encontrado em as todas as cartas de Paulo são comoventes e de uma importância singular para todos nós humanos.
Amor e grão semeado, colham sempre!
Verônica Maria Farias é graduada em ciências econômicas