Não conheço o Lobo-Guará, que está a enfeitar a nova cédula em circulação no Brasil. Ele, no entanto, a julgar pelas fotos que circulam por aí, me parece desmilinguido.
Será que tem a ver com o nosso salário? Sim, porque este agora será pago em cinco notas de lobo.
Nunca entendi essa paixão dos governos em estarem sempre criando notas novas, quando o certo seria fortalecer a moeda brasileira a ponto de fazer com que as cédulas atuais tenham algum valor e durem mais tempo no bolso da gente.
Também não sou especialista em animais. Conheço poucos. Os domésticos, como gatos e cachorros. Os asquerosos, como ratos e baratas. Os garbosos, como os cavalos. Os livres, como pássaros fora da gaiola.
Ah, e os jumentos, que melhor representariam o Brasil de hoje nas novas cédulas.
O que mais gosto do Facebook é a verve maravilhosa de amigos e amigas em seus perfis.
Claro que adoro alguns textos reflexivos, afora os textos informativos que sempre me acrescentam muito. Mas a verve, a picardia, o bom humor dão o tom de leveza mesmo quando o mote da escrita é algo triste ou chato ou desanimador.
Rir ainda é o melhor remédio, em tempos sombrios. E o bom humor é tudo para mim. É como Irene entrando no céu, com São Pedro tão alegre com sua chegada que ela nem precisa pedir licença.
É isso!
Meus amigos e amigas escrevem textos tão maravilhosos aqui que nem precisam pedir licença para invadir minha alma.
Também, quem manda eu estar acompanhado de escritores e escritoras que me fazem acreditar todo santo dia na força da literatura brasileira?
Há quem não consiga viver sem alimentar e guardar o rancor dentro de si. E parece que isso tem sido cada vez mais regra e menos exceção.
Não tenho esse hábito, mas tento compreender quem guarda rancor no fundo do coração. Sou de explodir, ficar com raiva, dizer na hora e depois... bom, depois, ou volto ao normal com aquela pessoa ou a trato com indiferença, mas sem alimentar mágoa ou rancor.
Nem sempre fui assim, claro. É uma disciplina diária, para que nossa vida não seja uma ilha cercada de ódios por todos os lados.
Mas não é fácil, embora faça bem ao espírito quando conseguimos domar tais sentimentos.
Buda dizia que aqueles que estão livres de pensamentos rancorosos certamente encontram a paz. Difícil é encontrar quem trabalhe pela paz hoje, né?
Linaldo Guedes é mestre em ciências da religião, jornalista e poeta