Poema urgente
Não que seja este
Meu último poema,
Ou talvez seja!
Quem sabe da vida?
Quem sabe da morte?
Este, porém,
Tem a urgência
Da terra que espera a chuva.
Este tem a pressa
Do bater das asas do colibri.
Nesse tempo tão incerto,
Tão fechado,
Tão deserto,
Preciso é deixar o coração falar.
Preciso é deixar que a poesia
Sopre como brisa mansa,
Porém que seja gravada
Com fogo sobre a rocha,
Para que o coração ainda pulse,
Nesse tempo de urgência.
Poema desastrado
Fiz um poema desastrado,
De rima torta ,
De versos brancos,
De letra morta.
Fiz um poema desastrado
Saído de um coração cansado.
Escrito assim em papel velho,
Nas horas vazias do dia.
Fiz um poema desastrado,
A falar do amor antigo,
A lembrar do abraço amigo,
De quem quer estar contigo.
Fiz um poema desastrado,
Que nasceu fora do tempo,
Escrito fora de hora,
Enquanto chovia lá fora.
Fiz um poema desastrado,
Em desabafo de alma sofrida,
Era só um devaneio,
Leitura pra ser esquecida.
Fiz um poema desastrado,
Que não queria falar de amor,
Tentei versejar outros versos,
Mas só sabia escrever o quanto te amo.
Não que seja este
Meu último poema,
Ou talvez seja!
Quem sabe da vida?
Quem sabe da morte?
Este, porém,
Tem a urgência
Da terra que espera a chuva.
Este tem a pressa
Do bater das asas do colibri.
Nesse tempo tão incerto,
Tão fechado,
Tão deserto,
Preciso é deixar o coração falar.
Preciso é deixar que a poesia
Sopre como brisa mansa,
Porém que seja gravada
Com fogo sobre a rocha,
Para que o coração ainda pulse,
Nesse tempo de urgência.
Poema desastrado
Fiz um poema desastrado,
De rima torta ,
De versos brancos,
De letra morta.
Fiz um poema desastrado
Saído de um coração cansado.
Escrito assim em papel velho,
Nas horas vazias do dia.
Fiz um poema desastrado,
A falar do amor antigo,
A lembrar do abraço amigo,
De quem quer estar contigo.
Fiz um poema desastrado,
Que nasceu fora do tempo,
Escrito fora de hora,
Enquanto chovia lá fora.
Fiz um poema desastrado,
Em desabafo de alma sofrida,
Era só um devaneio,
Leitura pra ser esquecida.
Fiz um poema desastrado,
Que não queria falar de amor,
Tentei versejar outros versos,
Mas só sabia escrever o quanto te amo.
Vólia Loureiro do Amaral é engenheira civil, poetisa e escritora