Canção enluarada
Espero a noite que não tarda,
E com as rimas da saudade
Componho-te um poema branco.
Deixei a rima em algum canto esquecida.
O firmamento que já se cobre
De tons mais gris,
Deixa na alma as marcas dessa saudade sufocada.
Que teima em me machucar.
E eu busco no céu os sinais,
Eu procuro onde deixei a minha rima perdida,
Eu busco me reencontrar,
Onde ficou perdida a minha vida?
Porém, a noite traz em seu regaço o luar,
E a minha alma perdida na tua, põe-se a sonhar,
E teu feitiço cigano me encanta, deixa-me dominada.
E nesse instante eu te escrevo a minha canção enluarada.
E, nesse instante, eu me cubro com a tua magia,
E deixo fluir de mim a minha maior poesia,
Porque o amor há de ser maior que uma realidade sofrida,
O amor há de vencer a rotina medíocre e formatada,
O amor há de saber nos fazer cantar essa canção enluarada
Audaz
Quero ter um coração audaz
E ir além, mais adiante,
Do que me sinto capaz.
Quero ter um coração audaz.
Quero ter um coração audaz
E investir contra os moinhos de ventos
Dos meus medos, dos meus preconceitos,
Da comodidade que pequena me faz.
Quero ter um coração audaz.
Quero ter um coração audaz
E ter a ousadia dos loucos,
Quero trilhar os caminhos,
Que são escolhidos por poucos,
Quero ter um coração audaz.
Quero ter um coração audaz
E entrar pela porta estreita,
Quero subir a montanha,
Quero andar na corda bamba,
E me equilibrar entre a sanidade dos loucos
E a loucura dos normais.
Quero ter um coração audaz.
Quero ter um coração audaz
E amar com inteireza o amor,
Entregando-me à sua beleza,
E crucificar-me na dor,
Para enfim ressuscitar,
E, em meu eu, encontrar a paz.
Quero ter um coração audaz.
Clair de Lune
Sob o clarão da Lua,
Minh’alma se perde de tanto amor,
E rendendo-se, sem temor,
Oferece-se e se faz tua.
Sob o clarão da Lua,
Meu olhar passeia sobre o teu corpo,
Que adormecido, nem presta atenção,
No doce enlevo que é te admirar, adoração.
Sob o clarão da Lua,
Escrevo os versos mais ardentes,
A falar de um amor inebriante,
Que me arde no peito em agonia constante.
Sob o clarão da Lua,
Guardo o segredo desse amor,
Em preces veladas, dirigidas a ti, somente
Que não ouves o meu verso candente.
Sob o clarão da Lua,
Deixo uma pequena lágrima rolar,
E, despedindo-me do Luar,
Volto ao mundo do sonhar,
Na luz da saudade plangente.
Espero a noite que não tarda,
E com as rimas da saudade
Componho-te um poema branco.
Deixei a rima em algum canto esquecida.
O firmamento que já se cobre
De tons mais gris,
Deixa na alma as marcas dessa saudade sufocada.
Que teima em me machucar.
E eu busco no céu os sinais,
Eu procuro onde deixei a minha rima perdida,
Eu busco me reencontrar,
Onde ficou perdida a minha vida?
Porém, a noite traz em seu regaço o luar,
E a minha alma perdida na tua, põe-se a sonhar,
E teu feitiço cigano me encanta, deixa-me dominada.
E nesse instante eu te escrevo a minha canção enluarada.
E, nesse instante, eu me cubro com a tua magia,
E deixo fluir de mim a minha maior poesia,
Porque o amor há de ser maior que uma realidade sofrida,
O amor há de vencer a rotina medíocre e formatada,
O amor há de saber nos fazer cantar essa canção enluarada
Audaz
Quero ter um coração audaz
E ir além, mais adiante,
Do que me sinto capaz.
Quero ter um coração audaz.
Quero ter um coração audaz
E investir contra os moinhos de ventos
Dos meus medos, dos meus preconceitos,
Da comodidade que pequena me faz.
Quero ter um coração audaz.
Quero ter um coração audaz
E ter a ousadia dos loucos,
Quero trilhar os caminhos,
Que são escolhidos por poucos,
Quero ter um coração audaz.
Quero ter um coração audaz
E entrar pela porta estreita,
Quero subir a montanha,
Quero andar na corda bamba,
E me equilibrar entre a sanidade dos loucos
E a loucura dos normais.
Quero ter um coração audaz.
Quero ter um coração audaz
E amar com inteireza o amor,
Entregando-me à sua beleza,
E crucificar-me na dor,
Para enfim ressuscitar,
E, em meu eu, encontrar a paz.
Quero ter um coração audaz.
Clair de Lune
Sob o clarão da Lua,
Minh’alma se perde de tanto amor,
E rendendo-se, sem temor,
Oferece-se e se faz tua.
Sob o clarão da Lua,
Meu olhar passeia sobre o teu corpo,
Que adormecido, nem presta atenção,
No doce enlevo que é te admirar, adoração.
Sob o clarão da Lua,
Escrevo os versos mais ardentes,
A falar de um amor inebriante,
Que me arde no peito em agonia constante.
Sob o clarão da Lua,
Guardo o segredo desse amor,
Em preces veladas, dirigidas a ti, somente
Que não ouves o meu verso candente.
Sob o clarão da Lua,
Deixo uma pequena lágrima rolar,
E, despedindo-me do Luar,
Volto ao mundo do sonhar,
Na luz da saudade plangente.
Vólia Loureiro do Amaral é engenheira civil, poetisa e escritora