Teu corpo é flor nativa
Vinga nos desertos
Nas paragens áridas
Nos açudes vazios
A brutalidade dos terrenos
Entrega a tua delicada flor
Teimosa em nascer de cor
Estampada no rosto
A gélida arma de um homem
As mãos guardadas, os ouvidos moucos
Os olhos do desprezo
Morte iminente por sufoco
Um morto mata ao vivo
Ajoelhados sobre outras vidas
Assim insensíveis
Matamos insetos rasteiros,
Ou cobras venenosas
Estrangulando suas cabeças
Empurrando seus corpos contra lápides
Mas flor é corpo que respira água e ar
E teu corpo flor pede esses elementos
“I can’t breathe”, não posso respirar
Aos poucos sai de ti a vida latente
Jaz um corpo, um tronco, um rio, uma flor
Pessoas clamam por justiça
Por uma humanidade perdida
Por um tempo de paz com dignidade
Pelo ocaso da maldade
Na retaguarda avança bota a bota o prisioneiro
Na desumanizada forma de abordagem
Vírus invisíveis nos perseguem
Outros seres indizíveis nos matam
Há que estar renhido para seguir em frente
Pela retaguarda avança bota a bota o prisioneiro
Na desumanizada esteira de montagem
Vinga nos desertos
Nas paragens áridas
Nos açudes vazios
A brutalidade dos terrenos
Entrega a tua delicada flor
Teimosa em nascer de cor
Estampada no rosto
A gélida arma de um homem
As mãos guardadas, os ouvidos moucos
Os olhos do desprezo
Morte iminente por sufoco
Um morto mata ao vivo
Ajoelhados sobre outras vidas
Assim insensíveis
Matamos insetos rasteiros,
Ou cobras venenosas
Estrangulando suas cabeças
Empurrando seus corpos contra lápides
Mas flor é corpo que respira água e ar
E teu corpo flor pede esses elementos
“I can’t breathe”, não posso respirar
Aos poucos sai de ti a vida latente
Jaz um corpo, um tronco, um rio, uma flor
Pessoas clamam por justiça
Por uma humanidade perdida
Por um tempo de paz com dignidade
Pelo ocaso da maldade
Na retaguarda avança bota a bota o prisioneiro
Na desumanizada forma de abordagem
Vírus invisíveis nos perseguem
Outros seres indizíveis nos matam
Há que estar renhido para seguir em frente
Pela retaguarda avança bota a bota o prisioneiro
Na desumanizada esteira de montagem
A George Floyd
Ana Elvira Steinbach Torres é doutora em ciências humanas e professora