A mediocridade é um comportamento humano que encontramos em todas as classes sociais e faixas etárias. São pessoas que aceitam essa postura como opção de vida, porque desacreditam do seu próprio potencial. Possuem como característica a falta de iniciativa em tudo que fazem. Não têm pensamento voltado para a criatividade, são desprovidos de talento, não se dão valor. Fogem das oportunidades de serem autônomas.
A mediocridade estimula procedimentos que resultam da vontade de imitar os outros, acreditando que assim se nivelam aos que se destacam. Os medíocres adoram uma rotina, em razão do medo de encarar o diferente. Falta-lhes o senso das coisas, daí preferirem acompanhar a compreensão e o raciocínio dos que elegem como exemplos de conduta.
Quem tem a tendência a obedecer sem questionar, será sempre um submisso, subalterno, dependente, nunca será um líder. Haverá permanentemente de seguir um comando, jamais terá capacidade de dirigir, ordenar, mandar. Revela-se um medíocre.
Interessante que a mediocridade incentiva as pessoas a procurarem estar na moda, dando-lhes a impressão de que assim se tornam iguais aos que se sobressaem de alguma forma. Vivem das aparências. Amam o supérfluo. Valorizam as insignificâncias, desde que induzidas a isso.
O reinado da mediocridade é povoado por indivíduos que não controlam seus próprios destinos. São guiados, não se permitindo darem encaminhamento por espontânea decisão ao curso de suas vidas. O pouco lhes contenta, não têm ambição. Têm receio de irem em busca do crescimento pessoal.
Precisamos ter cuidados na convivência com os medíocres. Eles tentam nos puxar para o seu grupo. Todo medíocre gosta de se ver espelhado noutro. Não se incomoda em ser apenas mais um na multidão, desde que se veja em nível de igualdade com os demais. O medíocre é, portanto, uma péssima companhia, com ele não aprendemos nada de bom.
Rui Leitão é jornalista e escritor E-mail