Cristo era socialista. Cristo era comunista. Cristo andava com os pobres. Daqui a pouco vão dizer que Cristo era cristão. Se alguém quer falar do Cristo que fale como deve ser. Cristo foi enviado pelo seu pai, Deus, para a remissão dos pecados daqueles que cressem em Suas palavras, que eram as palavras de Deus. Cristo não pertencia a qualquer seita, partido ou seja lá o que houvesse naquela época. Ele veio em nome de um reino espiritual e não de um reino material. Para quem não entendeu o “meu reino não é deste mundo”, está na hora de entender.
Cristo andava com os pobres? Cristo andava com quem queria andar com ele e seguir os Seus ensinamentos. Entre os que o acompanhavam havia prostituta, adúltera, doente, deficiente, pescador, coletor de impostos, médico e, depois, um doutor das leis, fariseu respeitado no poderoso sinédrio, que se não O acompanhou fisicamente, devido à diferença cronológica, acompanhou-O espiritualmente, trazendo-O consigo no coração, na palavra e ajudando, como nenhum outro, a edificar a Sua Igreja. Igreja imaterial que se erige onde houver duas ou mais pessoas falando em Seu nome.
Cristo não impunha condições de classes para acompanhá-lO, apenas pedia que aquele que quisesse ganhar a vida eterna deveria largar tudo e segui-lO. Muitos não quiseram, pois estavam mais preocupados em seguir o poder dos bens materiais, não dos bens espirituais. Estavam preocupados em construir casas na areia, não nas rochas.
Não havia restrições de classe, na Boa Nova que Ele trouxe ao mundo. Ele veio como o Belo Pastor, belo nas palavras e belo nas ações, que O fizeram ser reconhecido Bom. Veio como o Pastor que se compromete com as Suas ovelhas, que está disposto a dar a vida por elas. Veio para que TODOS, não importa a classe social e a etnia, tenham vida e a tenham mais abundantemente. A única restrição só dependia das ovelhas: de saber reconhecer a voz do Seu Pastor, de não se deixar enganar pelos que tentam invadir o redil, pulando por sobre a proteção. Cristo é o Pastor que entra pela porta da frente, cujo rebanho conhece e é por ele reconhecido.
Se muitos pobres reconheceram de imediato a beleza do Seu Pastor, não esqueçamos que outros tantos foram favoráveis à Sua condenação, sem a qual, diga-se de passagem, a Sua missão não se completaria.
A tentativa que se vê, portanto, de alguém querer enquadrar o Cristo em uma medida que corresponda aos seus anseios políticos materiais não condiz com a Verdade que ele veio semear na Terra. A Verdade do Amor incondicional, mesmo àqueles que O condenaram e O mataram, não apenas aos que O seguiram.