O que nos motiva a servir? O próximo? O enlace moral construído pela consciência da necessidade da vida produtiva em comunidade? Evoco en...

Insights de um pensador


O que nos motiva a servir? O próximo? O enlace moral construído pela consciência da necessidade da vida produtiva em comunidade?

Evoco então “Discurso da servidão voluntária”. Há uma pergunta que não quer calar nesta obra clássica de Étienne de La Boétie lançada em 1571. Queremos servir porque na verdade queremos mandar? A ambição é que nos motiva? Há no filme muitos lances a respeito desse dilema.

Que razões nos impelem ao patriotismo? Seria o patriotismo o último refúgio dos canalhas, como na frase de Samuel Johnson? Ou na verdade o patriotismo é um sentimento elevado originário do amor ao lugar a que pertencemos, lugar qual amamos?



Entre circunstâncias existencialistas está a consciência do livre arbítrio ante situações-limite, a necessidade de escolhas nem sempre satisfatórias, o absurdo e a irracionalidade de inúmeras situações com as quais nos deparamos e as consequências, nem sempre positivas, das nossas decisões.



Na produção social contemporânea, afirma Guy Debord (França, 1931-1994), tudo se pretende uma acumulação do espetacular em que a imagem funciona como instrumento de unificação da forma de ser e estar no mundo competitivo da serialização.

Numa perspectiva mítico-antropológica, temos essa afirmação de Ludwig Feuerbach (Alemanha, 1804-1872), um aluno de Hegel que ensinou um bocado a Karl Marx, referindo-se às formas de elaboração do estatuto do real, e que Debord usou como epígrafe para o primeiro capítulo de sua obra “A sociedade do espetáculo”: “Nosso tempo, sem dúvida...prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a aparência ao ser”. Tarantino vê o mundo como coisa de cinema, aparência como essência.



Eles intrometem o nariz onde não são chamados. Sempre. Cheios de razão. Se acham.

Eles são os terraplanistas.

E afirmam convictos em sua fé: a Nasa nos impede de fazer a escalada da verdade. Não deixa a gente escalar a muralha de gelo existente à beira do disco que a grande conspiração diz ser uma esfera.

O disco escondido pela Nasa é o planeta Terra.

Em seu centro, o disco em que estamos abriga o Círculo Ártico. A Antártica é o muro de 45 metros ao redor do disco planetário. A Nasa está sempre atrás do muro, dizem os habitantes da Terra plana. Vigilante. Para manter a mentira esférica.

Os terraplanistas têm outra bronca da Nasa. Falam em “provas concretas de uma farsa chamada conquista da Lua”.

O homem jamais foi até lá. Na Lua ninguém pisou. Nem pisará. Promessa de um terraplanista. Que a fez olhando diretamente nos meus olhos.



Como Picasso atuando sobre a tela a dissolver sentidos clássicos da fisionomia na tradição do retrato, o cantor João Gilberto dissolve e reinventa fundamentos prosódicos da tradição do canto na canção popular ao trabalhar a pronúncia no sentido de entrelaçar desenho melódico, trama harmônica, andamento e prática interpretativa.

Esse novo status do cantar encontrou nas vocalizações de cantores do nível de Caetano Veloso e Roberto Carlos a confirmação dos seus princípios, a exemplo da ausência de ornamentos redundantes, a frase coloquial, a evocação de um lirismo sem sentimentalismos e a espontaneidade na transmissão do sentimento.

(Excertos de pensamento em textos diversos)



COMENTE, VIA FACEBOOK
COMENTE, VIA GOOGLE

leia também