Estamos em um ciclo que se repete através de gerações e gerações, onde o medo se propaga absurdamente. As crenças não são meramente individuais, mas quando se repetem consistentemente passam a agir como verdades absolutas não apenas para nós, mas para toda uma sociedade ou diferentes culturas. Crenças coletivas e em massa podem impedir que a sociedade evolua a um novo patamar, e que se descubram novos horizontes.
Quem foi que disse que não se pode compartilhar benfeitorias, quem inventou que não se pode divulgar nas redes sociais quando estivermos ajudando a quem realmente necessita?
Não se contente com o quase! A vida é feita de escolhas, escolha ser feliz Não somos todos iguais: descubra porque o ato de generalizar está limitando sua visão… Faça do amor também sua religião!
Acho muito estranho e contraditório que notícias ruins viralizem na velocidade da luz, seja através da mídia, das redes sociais, fazemos sensacionalismo para tantos acontecimentos negativos, assassinatos, catástrofes, tragédias, mas quando vamos a um orfanato, quando ajudamos o próximo, sejam pessoas com câncer, sejam moradores de rua, sejam idosos carentes…se divulgarmos ou tirarmos fotos, já dizem as “boas” línguas, é porque queremos “aparecer”…ou queremos aparentar ser uma pessoa bondosa ou até ter um ganho por trás disso. Ouço isso a todo o momento e isso me fez pensar.
Que contraditório isso, não? Somos rotulados e julgados ao espalhar boas ações, mas quando espalhamos notícias ruins, catástrofes, tragédias ou coisas sem sentido (como por exemplo modinhas, músicas sem pé nem cabeça, que em nada agregam para nossas vidas) e isso viraliza de uma tal forma que alcança milhares de curtidas ou visualizações, inclusive em âmbito internacional, seja na TV ou internet. Isso me reforça ainda mais a crença de que somos crianças espirituais. Às vezes, agimos como crianças.
Por que será que reproduzimos essas coisas em larga escala? Parece ser um condicionamento coletivo para hipervalorizar tragédias, não que devamos fechar os olhos para notícias ruins. Elas nos servem como alerta, porém, se fizermos uma análise, veremos que tais notícias e sensacionalismos são alvo dos noticiários todos os dias e não param de acontecer.
Coisas muito boas, milagres, conquistas, prêmios, descobertas e invenções que ajudem o próximo também acontecem todos os dias, mas não são divulgados, ou o são em muito menor escala. Por quê?
Se todos entendêssemos a energia vibracional de que tudo isso pode refletir para as nossas vidas e as consequências que simples ações automáticas trazem para nós, o mundo, com certeza, seria diferente, e para melhor. Talvez o paraíso esteja aqui, mas somente os que são visionários conseguem enxergar. Somente os que enxergam por outro ângulo conseguem vislumbrar. Somente enxergam os que têm coragem de tirar as lentes embaçadas de seus óculos, enquanto se autopercebem, reclamando que a janela do vizinho estava suja demais. Talvez sejam seus óculos. Que tal dar uma lavadinha?
Talvez seja possível não vivermos uma vida de restrições, de escassez, de lamentações, e sermos bem mais felizes em diversos aspectos. Não precisamos celebrar e nos divertir apenas nos finais de semana. Segundas-feiras também podem ser maravilhosas! Talvez seja crenças de trabalhadores tristes que não gostavam do que faziam de que segunda é um dia ruim. Quando amamos o que fazemos, trabalhamos o dia inteiro sem sentir o tempo passar. Quem faz o dia cinza ou colorido somos nós, através de nossas percepções, escolhas e atitudes diárias.
Antes de viralizar violências, cenas de morte ou notícias fakes que tal entender como tudo isso reflete a nível quântico para as nossas vidas e na vida de milhares de outras pessoas?
Deixo a seguinte pergunta: quem inventou que não se pode divulgar o bem? Quem inventou que se formos vistos fazendo coisas boas isso não pode ser de coração e não somos pessoas boas, mas sim tendenciosas? Quem estipulou essa regra?
Que crença mais absurda é essa e que toma conta do inconsciente coletivo?
Acredito que da mesma forma que notícias ruins são alvo da mídia e propagadas, em alta velocidade, ao se compartilhar o bem estaremos influenciando outras pessoas a fazerem o mesmo.
Se o mal pode ser espalhado, por que o bem não pode ou é compartilhado em menor escala? Pensemos!
(Aline Brown é bacharel e licenciada em Ciências Sociais pela UERJ, especialista em desenvolvimento humano com formação em coaching)